Será “uma transformação”, não “uma revolução” o plano de retoma económica que António Costa Silva vai ajudar a desenhar. Em entrevista à rádio TSF, o novo consultor do primeiro-ministro para a área económica revelou que não vai tocar na parte financeira, mas que – em tempos de pandemia – a Saúde será uma das prioridades.

”O plano financeiro não será desenhado por nós, mas um dos pilares do programa é o investimento no SNS”, disse o gestor na entrevista. Ainda assim, salientou que não quer uma “revolução na economia”, mas sim “uma transição” que proteja a economia no curto prazo e que a deixe mais “forte e preparada” para o longo prazo.

Sobre valores envolvidos para este plano, Costa Silva não deu quaisquer pormenores, uma vez que os números finais “ainda não são conhecidos” e que a responsabilidade de apresentar a versão final caberá ao executivo de António Costa.

António Costa Silva elogiou ainda os progressos na administração pública, em contraponto com a falta de avanços nas políticas económicas.

“Ao nível das políticas económicas temos de avançar e avançar muito. Por vezes temos belas ideias, mas depois falham aquilo que os economistas designam como os ‘design mechanisms’, como é que vamos desenhar os projetos para fazer o mercado funcionar ao serviço da maioria. Esses são grandes desafios que temos à nossa frente”, disse.

O gestor afirma que Portugal “não dever ter uma visão estatista da economia”. Mas estes não são tempos normais, pelo que o Estado tem mesmo de intervir.

“Se o Estado não intervém na economia, esta entra em coma e há muitas empresas que desaparecem”.

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