Começou por ser pensada como uma mera troca simplista de estádio, o que faria com que o Atatürk Olympic Stadium, em Istambul, desse lugar ao Estádio da Luz para a realização da final da Liga dos Campeões de 2020. Pouco depois, o modelo foi reformulado e o jogo decisivo transformou-se em todas as decisões a partir dos quartos, neste caso contando também com o Estádio José Alvalade. Agora, na antecâmara do anúncio final, a cidade de Lisboa está na pole position para receber um total de 11 encontros da Champions, em agosto.

Se a final da Liga dos Campeões não for em Istambul, Lisboa pode estar na corrida para ser a alternativa

Depois de ter vencido as propostas apresentadas por Frankfurt (Alemanha) e Moscovo (Rússia), e numa altura em que a Federação Portuguesa de Futebol já se encontra a preparar em termos logísticos uma grande operação para a UEFA entre unidades hoteleiras, centros de treinos e estádios, o órgão que tutela o futebol europeu está agora a falar com as equipas que ainda não realizaram a segunda mão dos oitavos da Liga dos Campeões (e que são oito, em quatro partidas) para concentrar tudo numa só cidade, neste caso Lisboa.

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Assim, e recuperando o que se tinha passado até à paragem por causa da pandemia, ficaram por realizar-se os jogos Juventus-Lyon (0-1 na primeira mão, em França), Manchester City-Real Madrid (2-1, em Espanha), Bayern-Chelsea (3-0, em Inglaterra) e Barcelona-Nápoles (1-1, em Itália). Em paralelo, já estão apurados para os quartos da presente edição da Liga dos Campeões a Atalanta (8-4 no agregado dos dois jogos frente ao Valencia), o RB Leipzig (4-0, Tottenham), o Atl. Madrid (4-2, Liverpool) e o PSG (3-2, B. Dortmund).

Uma “final eight” a uma mão e em Lisboa, entre a Luz e Alvalade: a hipótese que a UEFA está a estudar para acabar a Liga dos Campeões

De acordo com o jornal As, citando fontes próximas do processo, Lisboa está em vantagem “porque oferece as melhores condições fiscais para os competidores, tem as infraestruturas hoteleiras suficientes, possui dois estádios cinco estrelas muito próximos [Luz e Alvalade] e conseguiu um bom controlo da pandemia, o mais importante”. No entanto, existe um grande inconveniente: apesar de todos os jogos terem de ser à porta fechada, Manchester City, Juventus, Barcelona e Bayern insistem em jogar nos seus estádios, com a UEFA a argumentar que tem o direito de mudar o formato da prova por motivos de força maior e que quer evitar possibilidades de contágios.

De recordar que o Estádio da Luz recebeu a final da Liga dos Campeões em 2014, quando o Real Madrid de Ronaldo, Pepe e Fábio Coentrão derrotou o Atl. Madrid por 4-1 após prolongamento. Seis anos depois, o maior estádio nacional pode voltar a organizar o principal jogo europeu da época a nível de clubes, num cenário que poderia fazer no limite com que se realizassem 11 encontros entre 8 e 23 de agosto.