Quase um terço dos casos de Covid-19 registados nas últimas 24 horas concentra-se em cinco concelhos da Área Metropilitana de Lisboa — Sintra, Loures, Amadora, Lisboa e Odivelas, que no conjunto somam 107 das 336 novas infeções identificadas no boletim divulgado pela DGS, nesta quarta-feira.
A região da Lisboa e Vale do Tejo continua a ser o principal foco da pandemia em Portugal, com 84% do total de novos casos nacionais. Há a registar um óbito na últimas 24 horas.
Fora da Área Metropolitana de Lisboa, foram registados alguns focos — Alcobaça e Lagos são explicados pelo surto ativo no lar de Aljubarrota e pela festa ilegal no Clube Desportivo de Odiáxere, respetivamente. Contudo, quer o concelho do Barreiro, quer o da Moita registam esta quarta-feira um aumento significativo do número de novos infetados.
Novos recuperados continuam a ser superiores ao novos casos de infeção
O número de novos casos confirmados de Covid-19 aumentou de 300 (saldo da última terça-feira) para 336, uma evolução de 0,9%. O número fica, ainda assim, abaixo do divulgado na passada segunda-feira: 346. O total é agora de 37.672 casos positivos desde o início da pandemia.
Do lado dos recuperados, a evolução é animadora. O indicador segue a tendência da véspera e volta a ser superior ao número de novos casos. No total, já 23.580 pessoas recuperaram da Covid-19, 368 nas últimas 24 horas.
Do lado das mortes causadas pelo vírus, há a registar apenas uma ocorrência. Nas últimas 24 horas, morreu uma mulher com mais de 80 anos na região de Lisboa e Vale do Tejo. A evolução mantém-se nos 0,1%, depois de o boletim anterior ter registado duas mortes. Em Portugal, a taxa de letalidade volta a baixar, de 4,08% para 4,04%.
Lisboa e Vale do Tejo com 84% dos novos casos. Sintra continua à frente
A distribuição geográfica dos novos positivos mantém-se com a região de Lisboa e Vale do Tejo a concentrar a maioria dos novos casos de Covid-19, ou seja 282. Uma fatia de 84% do total nacional, percentagem que cresce face aos menos de 80% do boletim anterior. O aumento foi de 1,8%, depois de terem sido registados 236 novos casos na passada terça-feira, nesta região do país
Os restantes novos casos distribuem-se sobretudo pelo Norte, pelo Centro e pelo Algarve, onde se contabilizam 38, nove e seis novas infeções, respetivamente. Em todos os casos, os números são inferiores aos da véspera. Há ainda a somar um novo caso no Alentejo.
Em Lisboa e Vale do Tejo, os maiores focos continuam os mesmos, com o concelho de Sintra na dianteira da contagem de novos casos positivos — são 37 diagnósticos positivos nas últimas 24 horas, número ainda assim inferior aos 49 do dia anterior. Loures também vê este indicador descer de 45 para os 20 novos casos registados desde a última terça-feira. Em terceiro lugar está a Amadora, com 19 novos casos (tinha sido 37 no dia anterior). Lisboa assiste a um decréscimo semelhante — 18 novos casos depois de 42 registados no boletim anterior. Odivelas tem neste momento 830 casos, 13 foram identificados nas últimas 24 horas.
Alcobaça, Lagos e os surtos por explicar
Enquanto os cinco concelhos mais problemáticos do país assistem a uma descida expressiva do número de novos casos confirmados, identificam-se novos focos de contágio. Um deles é no concelho de Alcobaça e reflete o foco de infeção no lar da Misericórdia de Aljubarrota. Esta quarta-feira, o número de infetados subiu para os 62, mais cinco do que no dia anterior.
O outro está no Algarve, em Lagos, onde uma festa ilegal no Clube Desportivo de Odiáxere culminou num novo surto. O concelho regista agora 11 novos casos, mais seis face ao dia anterior, número que coincide com o total de novos casos registados esta quarta-feira em todo o distrito.
Por explicar fica a subida do número de novos casos nos concelhos do Barreiro e Moita. No primeiro, contabilizam-se 12 novos casos nas últimas 24 horas (tinham sido identificados quatro no boletim anterior). O segundo viu a contagem passar de zero (terça-feira) para nove.
Nos casos aumentam nos 20 e nos 50
O boletim desta quarta-feira evidencia ainda um aumento do número de novos casos entre os grupos etários mais jovens. As subidas mais expressivas encontram nas faixas entre os 20 e os 29 anos — 62 novos casos, em comparação com 46 no dia anterior, o que corresponde a 18% do total nacional de novos casos — e entre os 50 e os 59 — 65 novos casos (19%), em comparação com 39 no dia anterior.
A ténue discrepância entre homens e mulheres entre os novos casos de infeção inverteu-se nas últimas 24 horas. São agora os homens que lideram o indicador ao representarem 173 dos novos casos, enquanto 163 são mulheres.
Casos em internamento sobem
São esta quarta-feira 435 as pessoas hospitalizadas devido à Covid-19 em Portugal, mais 12 do que no dia anterior, o que corresponde a uma subida de 2,8%. Nos Cuidados Intensivos a evolução foi contrária, embora ténue, com 69 pessoas internadas nestas unidades, menos duas em 24 horas.
Há menos 521 pessoas sob vigilângia, em relação ao dia anterior. São agora 30.289. Os casos suspeitos em Portugal são agora 355.207, mas 2.029 do que na passada terça-feira. No total, 316.188 os casos não confirmados, 1.662 identificados nas últimas 24 horas. Atualmente, 1.347, mais 31 do que no dia anterior, aguardam resultado do teste ao novo coronavírus.
