O número de testes de diagnóstico caiu desde o fim da estado de emergência e reabertura da economia, no início de maio, noticia o Negócios. Por outro lado, o jornal refere que Portugal aumentou a taxa de testes positivos desde o início do desconfinamento.
Segundo a mesma publicação, as oscilações diárias são grandes, por isso usou médias móveis de sete dias (para cada dia, calculou a média dos sete dias anteriores), e conclui que na semana anterior a 17 de junho foram feitos 24% menos testes do que ao fim da primeira semana de reabertura.
Portugal está, neste momento, a fazer um média de um teste por cada mil habitantes, mas a 18 de maio estava a fazer 1,5 testes por cada mil habitantes. A Direção-Geral da Saúde e o Ministério da Saúde não responderam às perguntas sobre esta tendência decrescente.
A queda no número de testes de diagnóstico a partir do início de junho contraria as recomendações da Organização Mundial da Saúde, que sugere a manutenção da capacidade de testagem durante o alívio das restrições impostas e de forma a monitorizar os focos de contágio.
“Países com um terço ou metade dos testes de Portugal não se podem comparar connosco”
O Negócios contraria ainda o argumento de António Costa de que Portugal apresenta mais casos positivos porque realiza mais testes, citando o site gerido pela Universidade de Oxford, Our World In Data: atualmente, por cada 100 testes, três são positivos; a 4 de maio eram 1,9 e no final de maio 1,8.