O aeroporto de Orly, segundo maior aeroporto internacional de Paris, reabriu esta sexta-feira ao tráfego aéreo, depois de cerca de três meses sem movimento devido à pandemia da Covid-19.
Um avião da companhia aérea Transavia foi o primeiro a partir da pista daquele aeroporto francês, tendo descolado às 6h25 locais com destino ao aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto.
Antes da partida, a reabertura do aeroporto foi comemorada com jatos de água por cima do avião, enquanto este se dirigia para a pista.
A reabertura do aeroporto ficaria marcada, porém, pela invasão da pista por parte de ativistas da Extinction Rebellion, uma organização internacional de ativismo climático.
Por volta das 10h, os ativistas correram para a pista vestidos com coletes refletores, acenderam tochas e exibiram cartazes a exigir a suspensão imediata dos voos domésticos em França devido à poluição provocada pelos combustíveis usados nos aviões.
De acordo com a AP, os ativistas usaram correntes e cadeados para se prenderem uns aos outros, aos pares, pelo pescoço, para dificultar o trabalho das autoridades, que chegaram à pista cerca de 30 minutos depois da invasão.
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Segundo as autoridades, 29 pessoas foram detidas. A organização de ativistas alega que um jornalista foi também detido.
A manifestação levou ao adiamento de um voo, que partiu várias horas atrasado, e ao redirecionamento de outros voos para pistas paralelas. O aeroporto vai apresentar queixa contra os ativistas, de acordo com a mesma agência.
A invasão do aeroporto ocorre numa altura em que o governo francês tem defendido a redução das viagens domésticas aéreas e promovido a utilização dos comboios como forma de viajar dentro do país.