Este ano, o Salão de Genebra, certame que anualmente abre o calendário europeu de salões automóveis, esteve para se realizar até às vésperas, com os organizadores e expositores a ansiar por uma trégua do coronavírus que apaziguasse as consciências e os (justificados) temores. Mas isso é passado. Aproxima-se a edição de 2021 e importava saber o que espera os amantes dos automóveis, especialmente os que são fãs da exposição helvética.

Depois de ter sido obrigada a encaixar prejuízos consideráveis com a anulação da edição deste ano, por a decisão ter sido tomada tão em cima do evento, o Geneva International Motor Show (GIMS) optou por não correr riscos e cancelar desde já a exposição prevista para daqui a nove meses, ou seja, em Março de 2021.

Esta decisão dos suíços não foi tomada de ânimo leve e, muito menos, sem auscultar os potenciais expositores. Terá sido exactamente durante estes contactos que o GIMS se apercebeu que “a maioria das marcas não pensava estar presente no Salão de Genebra de 2021”. Tanto mais que também os construtores de automóveis tiveram de lidar com a sua dose de prejuízos relativos à anulação da edição deste ano e à quase ausência de vendas nos meses seguintes.

Como consequência de mais esta anulação, o GIMS deverá ser vendido à Palexpo SA, a sociedade dona do espaço onde é organizado o evento, esperando-se que o novo proprietário consiga encontrar uma forma de trazer a exposição suíça de automóveis de regresso à realidade. Potencialmente, candidatos não deverão faltar, até porque o GIMS é o maior evento público suíço, com um impacto na economia do cantão de Genebra na ordem dos 200 milhões de francos suíços por ano, cerca de 188 milhões de euros.

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