O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou esta quinta-feira que todas as escolas do país vão permanecer fechadas enquanto não houver condições de higiene para prevenir a Covid-19, recuando na retoma faseada de aulas presenciais anunciada a 28 de junho.

Manteremos em vigor todas as medidas já anteriormente anunciadas. Isso significa que manteremos fechadas as escolas a todos os níveis até que se confirmem as condições de higiene básicas necessárias”, referiu o chefe de Estado numa comunicação à nação.

“Da mesma maneira permanece interdita a realização de cultos e celebrações religiosas até que se possa garantir o seu reinício de forma segura”, acrescentou.

A autorização de aglomerações religiosas nunca chegou a ser anunciada, mas têm havido diversas reuniões sobre o assunto.

Esta posição visa dar tempo às instituições para uma melhor preparação, pelo que apelamos para que o trabalho iniciado seja continuado de forma segura e acelerada”, concluiu.

As restrições fazem parte da prevenção da Covid-19 no país, que se encontra sob estado de emergência desde 1 de abril e até 30 de julho, após três prorrogações, com limitações quanto a ajuntamentos, interdição de eventos e obrigatoriedade de uso de máscaras.

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Filipe Nyusi disse fazer questão de ouvir a sensibilidade de “todos os moçambicanos”.

Só assim, com espírito coletivo, podemos preparar a sociedade para o novo normal. É nosso objetivo encontrar o equilíbrio entre a garantia da saúde para os moçambicanos e a necessidade de reanimar a economia e a vida social”, sublinhou.

O chefe de Estado falou numa altura em que faltam 13 dias para o fim do período de prorrogação do estado de emergência, acrescentando que, “nessa altura, será feita uma avaliação mais completa e definitiva da situação da pandemia” no país.

Moçambique tem um total acumulado de 1.383 casos de infeção pelo novo coronavírus, nove mortes e 380 recuperados.