A empresa Águas de Norte informou esta quarta-feira não haver “qualquer anomalia” na Estação Tratamento de Águas Residuais de Serzedo (ETAR), em Guimarães, equipamento que a Câmara de Vizela identificou, recentemente, como alegado foco poluidor do rio Vizela.

Não existe, nem existiu, qualquer anomalia no normal funcionamento da ETAR de Serzedo. Trata-se de uma instalação de referência nacional, com um esquema de tratamento que utiliza as tecnologias mais recentes e que possui um elevado desempenho”, lê-se num comunicado enviado à agência Lusa.

Segundo aquela empresa de capitais públicos, “a água tratada e descarregada no meio recetor cumpre integralmente, e em permanência, o Título de Utilização de Recursos Hídricos emitido pela Agência Portuguesa do Ambiente”.

No dia 18 de julho, Câmara de Vizela anunciou ter havido, na véspera, uma descarga poluente naquele afluente do rio Ave que atravessa a cidade, alegadamente a partir da ETAR de Serzedo, gerida pela empresa de capitais públicos Águas do Norte.

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Num comunicado enviado à Lusa, aquela autarquia do distrito de Braga anunciava que iria promover “nova queixa-crime contra a Águas do Norte pelo crime de poluição”, na qual constarão fotografias e vídeos da ocorrência e recolhas de água efetuadas por um laboratório contratado pelo município.

No comunicado desta quarta-feira da Águas do Norte, a empresa refere que “a situação que recentemente veio a público relativa à situação do rio Vizela deve-se principalmente às características das águas residuais que são tratadas nesta ETAR”.

O facto de o rio Vizela “possuir atualmente um caudal muito reduzido” impede, segundo a empresa, “uma melhor diluição do efluente tratado no meio recetor de modo a evitar a coloração da água”.