Apesar do panorama algo “negro” da Nissan, com a marca japonesa concentrada em fechar fábricas, despedir empregados e cortar na gama de modelos e na produção, para evitar os prejuízos dos últimos trimestres, tudo indica que os responsáveis do construtor japonês têm alguma confiança no futuro. À Automotive News chegou a informação que o possante e divertido de conduzir GT-R terá um substituto, com motor híbrido para se pôr em linha com a moda actual.
O GT-R foi dos veículos mais consensuais que a Nissan lançou nos últimos anos, pois até a concorrência elogia algumas das suas características. Concebido pela Nismo, o departamento de competição do construtor, pegou num motor 3.8 V6 pré-existente e com a ajuda de dois turbocompressores puxou por ele, elevando a potência dos iniciais 480 cv para os actuais 600 cv. A transmissão é assegurada por uma caixa automática de dupla embraiagem, muito rápida mas também pouco progressiva, o que dificulta as manobras de estacionamento, mas extrai tudo o que o motor tem para dar.
A transmissão é talvez o elemento mais emblemático do desportivo nipónico, uma vez que a potência é distribuída pelas quatro rodas, através de diversos programas que o condutor pode seleccionar e que tornam o GT-R mais ágil e rápido, ou mais fácil e seguro de conduzir. Com 1800 kg, o modelo não é propriamente leve, mas é rápido (2,8 segundos de 0-100 km/h) e de longe a proposta mais acessível dentro desta gama de potências.
Depois de 16 anos no mercado (tempo de vida em 2023), tudo indica que a Nissan irá lançar um substituto dentro de três anos. Os técnicos japoneses já demonstraram no GT-R50 que o motor atinge sem problemas 720 cv, o que associado a uma unidade eléctrica facilmente se aproximará dos 900 cv. E, já que estamos a sonhar alto, até pode ser que a Nissan recorra à sua grande experiência na concepção de veículos eléctricos e dote o futuro GT-R com um sistema híbrido plug-in, recarregável e capaz de garantir uma curta autonomia em modo eléctrico, assim à laia do Ferrari SF90.