Thierry Bolloré foi CEO da Renault mas, a partir do próximo mês, assume funções enquanto CEO da Jaguar Land Rover e, ao que parece, não lhe faltam ideias. Apesar do valor que têm os modelos actuais, tanto os da Jaguar como os da Land Rover, tudo indica que o caminho rumo ao futuro passará pela aposta nos veículos eléctricos e electrificados, modelos com motores eléctricos a apoiar os motores de combustão. Isto além do projecto nos carros eléctricos alimentados não por bateria, mas sim por fuel cells a hidrogénio, de que já aqui lhe falámos, solução que o fabricante acredita estar mais adaptada a modelos mais volumosos e de peso superior, como os jipes do grupo.
Uma das primeiras cartas que Bolloré quer retirar da manga é um veículo eléctrico mais compacto do que o actual I-Pace e substancialmente mais pequeno do que o XJ eléctrico que vem aí, a berlina topo de gama que passará a ter exclusivamente uma mecânica alimentada por bateria. A estratégia passa por conceber um modelo capaz de se bater com veículos como o Model 3 e o Model Y, uma vez que este novo eléctrico seguirá a filosofia do I-Pace, assumindo-se como um veículo a meio caminho entre uma berlina de cinco portas e um SUV.
Este novo eléctrico assume-se como o modelo de entrada na marca, com o já mencionado XJ eléctrico a ser o topo de gama da Jaguar. Mas a responsabilidade do novo eléctrico é grande, pois vai entrar no segmento do mercado mais concorrido, onde terá de enfrentar, além do Model Y, o Audi Q4 e-tron, BMW iX3, o VW ID.4, o Cupra Tavascan, o Skoda Enyaq iV, Nissan Ariya e Renault Zandar.
Um Jaguar pequeno não é propriamente uma invenção do outro mundo, pois está em perfeita sintonia com os modelos do segmento C da Audi (A3), BMW (X1, X2, Série 1 e Série 2) e Mercedes (Classe A e GLA). A diferença é que a marca britânica pretende avançar directamente para as soluções 100% eléctricas, sem duplicar a oferta com versões exclusivamente com motores de combustão, ou híbridos e PHEV.