Espanha acusa hackers chineses de roubarem informações dos centros espanhóis que estão a trabalhar na investigação de uma vacina contra a Covid-19. A denúncia foi feita pelo Centro Nacional de Inteligência (CNI) espanhol, depois de um tribunal norte-americano ter acusado a China de ter tentado aceder a informações confidenciais através de ataques cibernéticos a 11 países, incluindo Espanha.

Segundo avança o jornal El País esta sexta-feira, os hackers chineses estarão na origem dos ataques cibernéticos. Quem o afirma é a diretora do CNI, Paz Esteban, que confirma que os ataques aos sistemas informáticos têm acontecido em vários países que estão a investigar uma potencial vacina. No entanto, assegura que os serviços secretos de todo o mundo tentam cruzar informação para garantir a impermeabilidade dos sistemas e impedir estes ataques, o que nem sempre acontece com sucesso.

Os ataques são na maioria provenientes da China e da Rússia, sendo que por vezes os autores são entidades do Estado, algumas universidades e organizações criminosas que comercializam as informações roubadas.

O jornal espanhol não revelou a importância ou a natureza das informações roubadas. Sabe-se apenas que o ataque informático terá tido origem chinesa.

Em julho, o Departamento de Justiça norte-americano acusou dois hackers chineses, Li Xiaoyu e Dong Jiazhi, por tentarem roubar informações sobre potenciais vacinas contra o novo coronavírus, desenvolvidas por agências governamentais e empresas privadas.

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EUA acusam hackers chineses de atacarem empresas que desenvolvem vacinas

Entre os países visados pelos dois hackers estão os Estados Unidos, a Austrália, a Bélgica, a Alemanha, o Japão, a Lituânia, os Países Baixos, a Coreia do Sul, a Suécia, o Reino Unido e a Espanha.