O chefe dos Guardas da Revolução, o exército ideológico do Irão, garantiu neste sábado que a morte do general Qassem Soleimani, alvo de um raide aéreo dos Estados Unidos, será vingada em “todos os seus implicados”. “Senhor Trump, a nossa vingança pelo mártir e grande comandante é certa, séria e real, mas somos respeitáveis e faremos a nossa vingança com equidade e justiça”, disse o chefe dos Guardas da Revolução, o general Hossein Salami, na página oficial Sepahnews.
Há uma semana, o site noticioso norte-americano Politico citava dois responsáveis dos Estados Unidos, não identificados, sobre uma conspiração para assassinar Lana Marks, embaixadora do país na África do Sul desde 2019, e adiantando a possibilidade de represálias na altura das eleições americanas, em novembro, em resposta ao assassinato do general iraniano.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse, uns dias depois da notícia do Politico, que “qualquer ataque da parte do Irão contra os Estados Unidos, seja sob que forma for, será seguido de um ataque contra o Irão mil vezes mais forte”.
O chefe dos Guardas da Revolução desvalorizou a notícia do Politico. “Vocês pensam que nós queremos uma embaixadora na África do Sul pelo sangue do nosso irmão mártir. Nós vamos atacar todos quantos tenham estado diretamente ou indiretamente implicados no martírio desse grande homem. É uma mensagem para levar a sério”, vincou.
Soleimani, chefe da Força Qods, unidade de elite responsável pelas operações externas dos Guardas da Revolução, foi morto em 03 de janeiro num ataque aéreo dos Estados Unidos, perto do aeroporto internacional Bagdade, capital iraquiana.