O Reino Unido registou nas últimas 24 horas 4.926 novos casos de Covid-19, um novo recorde desde maio, e 37 mortes, segundo o ministério da Saúde britânico, após o anúncio de novas restrições pelo governo britânico. Na segunda-feira tinham sido contabilizadas 4.368 novas infeções e 11 mortes.

O total acumulado desde o início da pandemia Covid-19 no Reino Unido passou esta terça-feira para 403.551 de casos de contágio confirmados e 41.825 mortes num período de 28 dias após um teste positivo.

O aumento rápido do número de novos casos nos últimos dias levou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, a anunciar esta terça-feira no Parlamento um novo pacote de medidas em Inglaterra para tentar travar a pandemia.

A partir de quinta-feira, bares e restaurantes vão ser obrigados a fechar às 22 horas e empregados e clientes terão de usar máscara no interior, sendo as infrações às regras penalizadas com multas.

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Johnson reverteu também o conselho anterior para as pessoas voltarem aos seus locais de trabalho e voltou a recomendar que trabalhem a partir de casa se puderem, com exceção para casos como a construção civil ou comércio.  O regresso planeado de espetadores a grandes eventos desportivos como jogos de futebol a partir de outubro também foi suspenso.

Boris Johnson vincou que este não é um regresso ao regime de confinamento que esteve em vigor entre março e junho, que as pessoas podem sair de casa e que as escolas e universidades vão continuar abertas.

Mas avisou que estas medidas poderão permanecer até à primavera de 2021 e ser reforçadas se for necessário.

A não ser que façamos progressos visíveis, assumimos que as restrições que anunciei vão ficar em vigor durante pelo menos seis meses”, vincou.

Estas restrições aplicam-se em Inglaterra, pois Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte têm autonomia para determinar as próprias regras.

A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, confirmou esta terça-feira que também vai aplicar um encerramento dos bares e restaurante às 22h, mas foi mais longe e anunciou a proibição de encontros de pessoas de agregados familiares diferentes dentro de casa, tal já tinha sido determinado pelo Executivo da Irlanda do Norte.

No País de Gales, o chefe do governo, Mark Drakeford, apelou a que não sejam feitas viagens desnecessárias dentro do país, onde foram declarados confinamentos locais em algumas regiões devido a um número elevado de infeções.