A direção do Chega vai propor a “suspensão imediata” do militante Rui Roque que defendia a extração dos ovários numa moção de estratégia que foi rejeitada em congresso, informou esta segunda-feira o partido.

Mais de uma semana após o congresso em que a moção foi chumbada, a direção do partido anunciou que vai “reunir, na quinta-feira, com o propósito de proceder à imediata suspensão do militante Rui Roque”, autor da moção ‘Estratégia Global — Portugal’ em que se defendia, entre “outras coisas” que fossem “retirados os ovários” às “mulheres que interrompessem voluntariamente a gravidez”.

Esta proposta ataca de forma ostensiva, não só o bom nome do partido e os seus princípios e valores, como também todas as mulheres do país na sua dignidade e direitos, tal como prevê a lei em vigor”, lê-se no comunicado esta segunda-feira divulgado.

André Ventura, presidente e deputado único do Chega, ainda segundo o texto, “irá propor a imediata suspensão do militante com vista à sua consequente expulsão”, não esclarecendo se o fará ao órgão de jurisdição do partido.

E concluiu que “comportamentos desta natureza não serão admitidos” no partido, que “defende a dignidade da pessoa humana e os valores de um Estado de Direito Democrático”.

A II convenção do Chega realizou-se em Évora em 19 e 20 de julho, onde a direção de Ventura foi eleita à terceira tentativa.

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