Adolf Hitler queria ser artista, mas foi rejeitado duas vezes pela Academia de Belas Artes de Viena (Áustria): a qualidade dos seus desenhos era “insatisfatória”, conta o canal História. O jovem Hitler não lidou bem com a rejeição — inesperada, como a classifica — e anos depois dedicou-se a perseguir a arte moderna. Parecia querer fazer com a arte o mesmo que estava a tentar fazer com a espécie humana. Algumas obras valiosas perderam-se para sempre.
Aos 18 anos, Hitler saiu da terra natal, Linz, para a então capital do império austro-húngaro. Queria ser pintor, mas nos cerca de cinco anos em que se dedicou ao ofício, primeiro em Viena, depois em Munique (Alemanha), só conseguiu o suficiente para sobreviver, fazendo pinturas a partir de postais ou outros trabalhos de qualidade amadora.
Foi detido pela polícia em Munique, em 1914, por ter falhado o registo militar obrigatório em Linz, mas o exame físico no exército considerou-o inapto, incapaz de combater, disparar armas e muito fraco. Não desistiu e alistou-se como voluntário nesse verão.
Nos anos que esteve no poder e nos ataques que fez aos vários países europeus roubou ou destruiu milhares de obras de arte e arquitetura. O desígnio era acabar com a arte moderna, um “produto degenerado de judeus e bolcheviques”, segundo o canal História.
Mas nem todas as obras mereceram a repulsa de Hitler, algumas guardou-as consigo para o bunker onde se refugiou na primavera de 1945, conta agora o jornal ABC Historia. O objetivo era levá-las para o Museu de Arte de Linz que sonhava criar.
O ABC Historia selecionou uma lista das obras de grandes artistas que se perderam para sempre:
- Klimt: “Retrato de Trude Steiner” (1898)
- Rembrandt: “Estudo de um anjo” (1650)
- Courbet: “Os cortadores de pedra” (1849)
- Van Gogh: “O pintor a caminho de Tarascon” (1888)
- Klimt: “Filosofia” (1900-1907)
- Canaletto: “Plaza de Santa Margarita”
- Degas: “Cinco mulheres dançando” (final do século 19)
- Pissarro: “Boulevard de Montmartre ao pôr do sol”
- Rafael: “Retrato de um jovem” (1513-1514)
- Caravaggio: “Retrato de uma jovem” (1597)