Nos primeiros meses de 2021, se tudo correr como previsto, inicia-se uma nova etapa para os grupos PSA e FCA, que passam a estar sob a alçada de uma única companhia, a Stellantis. A continuidade do processo de fusão está dependente das instituições europeias darem luz verde, mediante as conclusões do organismo responsável por verificar se o negócio corre o risco de dar origem a uma situação de monopólio nos veículos comerciais. Sabe-se agora, via Reuters, que a fusão deverá ser aprovada, pelo que a Stellantis vai passar a ser o quarto maior grupo automóvel do mundo.

A concretizar-se, como tudo indica, a união trará vantagens para ambas as partes. Os italo-americanos passam a usufruir das mais recentes novidades tecnológicas da PSA – incluindo as duas novas plataformas dedicadas especificamente aos veículos eléctricos -, da mesma forma que os franceses, liderados por Carlos Tavares, passam a ter “escancarada” a porta de entrada para o mercado norte-americano. Sendo, aliás, pública a intenção de a Peugeot se aventurar comercialmente por Terras do Tio Sam. A isso há que acrescentar as sinergias e as poupanças daí advenientes.

Foi garantido que nenhuma das marcas será extinta, pelo que é de esperar que haja uma diferenciação mais marcante no posicionamento das diferentes insígnias. Por exemplo, no caso da Alfa Romeo e da DS, apontando ambas ao luxo, a primeira deverá apostar num espírito mais desportivo e a segunda em modelos mais virados para o conforto.

De recordar que, conforme anúncio de 29 de Setembro, o conselho de administração da Stellantis será composto por 11 membros, sendo que “a maioria dos directores não executivos são independentes”. A FCA nomeou cinco membros, incluindo John Elkann como presidente, e a PSA apontou outros tantos. Carlos Tavares, CEO da Stellantis, será também será membro do conselho de administração.

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