Ao fim de duas semanas a subir consecutivamente, o número de pessoas internadas em cuidados intensivos em Portugal com Covid-19 baixou esta quinta-feira para 516, de acordo com o boletim divulgado pela Direção-Geral da Saúde — um ligeiro alívio para as autoridades de saúde numa altura em que a possibilidade de esgotar a capacidade de internamento nos hospitais portugueses é uma das principais preocupações das levantadas pela segunda vaga da pandemia.
O boletim desta quinta-feira dá conta de 6.383 novos casos diagnosticados nas últimas 24 horas, período em que morreram 82 pessoas vítimas da Covid-19 e 4.588 doentes recuperaram da doença. O número de novos casos segue uma tendência que tem sido verificada noutros dias desta semana — são menos do que nos dias correspondentes na semana passada. (No final de outubro, o epidemiologista Manuel Carmo Gomes, um dos conselheiros do Governo para as questões da pandemia, dizia que o pico desta segunda vaga podia ser atingido entre os dias 20 e 25 de novembro.)
Atualmente, há 82.241 casos de Covid-19 ativos em Portugal. Desde o início da pandemia, foram diagnosticados 280.394 casos. A esmagadora maioria (69%) já recuperaram da infeção, enquanto 4.209 pessoas (1,5%) morreram.
Os números mais positivos vêm no segmento do boletim dedicado aos internamentos. Há agora 3.192 pessoas internadas em enfermarias com Covid-19 (menos 59 do que na quarta-feira) e 516 em Unidades de Cuidados Intensivos (menos uma do que na quarta). O número de internados em cuidados intensivos vinha subindo consecutivamente desde o dia 14 de novembro. Esta quinta-feira foi o primeiro dia em que esta tendência se inverteu.
A região Norte continua a ser a mais afetada pela difusão do vírus. Nas últimas 24 horas, mais de metade dos casos diagnosticados e das mortes ocorridas verificaram-se naquela região. 3.414 casos e 43 mortes ocorreram na região Norte; 1.782 casos e 26 mortes ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo; 964 casos e 6 mortes ocorreram na região Centro; 87 casos e 4 mortes ocorreram no Alentejo; 85 casos e 1 morte no Algarve; 35 casos e 2 mortes nos Açores; 16 casos na Madeira. Não se verificavam mortes nos Açores desde o mês de maio.
Das 82 vítimas mortais, 50 tinham mais de 80 anos de idade e 25 tinham entre 70 e 79 anos. Quatro vítimas tinham entre 60 e 69 anos, uma tinha entre 50 e 59 anos e duas tinham entre 40 e 49 anos de idade.