A Volkswagen pode ter sido o primeiro construtor tradicional a perceber o potencial dos veículos eléctricos e a entender que dominar esta nova tecnologia não seria possível sem investimentos chorudos, mas agora a Mercedes parece seguir-lhe as pisadas e em ritmo acelerado.

O grupo alemão Daimler fez saber que se prepara para investir 70 mil milhões de euros na “aceleração da transformação rumo à electrificação e digitalização”, o que favorece sobretudo a Mercedes, uma vez que 50% da Smart é hoje pertença do dono da Geely e toda a produção passará em breve a ser assegurada na China.

De acordo com a Daimler, o enorme investimento impressiona ainda mais se considerarmos que se refere apenas ao período de cinco anos, entre 2021 e 2025. A decisão, segundo a comissão de trabalhadores da Daimler, foi tudo menos pacífica, tendo mesmo gerado uma “controversa discussão” na reunião do conselho de supervisão em que foi aprovada. Compreende-se o problema, uma vez que a pandemia tem fragilizado as finanças dos fabricantes tradicionais e não há forma de ter veículos eléctricos competitivos sem investimentos em fábricas, plataformas e baterias.

“A confiança depositada na nossa estratégia pelo conselho de supervisão da Daimler permite-nos investir mais de 70 mil milhões de euros. Isto vai assegurar uma mais rápida aceleração rumo à electrificação e digitalização”, declarou o CEO da Daimler, Ola Källenius, para de seguida concluir que “tudo isto vai transformar a empresa, incrementando o lucro”.

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