A viúva de Ihor Homenyuk, o cidadão ucraniano morto no aeroporto de Lisboa depois de ter sido impedido de entrar no país, disse em entrevista à SIC que nunca recebeu qualquer apoio de Portugal, que teve que pagar do seu bolso a trasladação do corpo do marido e que nunca pensou que algo assim fosse acontecer num país da Europa. Ihor Homeniuk foi barbaramente agredido por três inspetores do SEF que enfrentam agora uma acusação por homicídio qualificado. Um caso que levou à reestruturação do centro de instalação temporária no aeroporto, onde foram inclusivamente colocados botões de pânico, e que agora levou è demissão da diretora Cristina Gatões.
Numa entrevista feita por videochamada à SIC, a viúva Oksana Homenyuk conta que os filhos, um rapaz de nove anos e uma rapariga de 14, sabem apenas que o pai se sentiu mal no aeroporto de Lisboa, foi transportado ao hospital e morreu. De facto nessa noite de 11 de março último, Ihor chegou a ser levado ao hospital e trazido depois de volta ao aeroporto.
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Entre lágrima, Okasana diz mesmo:”Nunca pensei que num país europeu uma coisa deste género acontecer”, lembrando que estavam mais pessoas no aeroporto que viram tudo acontecer e que nada fizeram. Há relatos de seguranças do aeroporto que revelam o que aconteceu, o que aliás levou à detenção dos três inspetores do SEF agora acusados, mal se percebeu no Instituto Nacional de Medicina Legal que as causas de morte daquele homem mão tinham sido naturais.
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A viúva de Ihor lembra que ele vinha a Portugal apenas à procura de trabalho. “Ele não era nem criminoso, nem terrorista, nem assassino, era uma pessoa normal”. E que teve que pagar 2200 euros pela sua trasladação, não tendo recebido nada do estado português.
O governo ucraniano dá-lhe uma ajuda de 100 euros mensais. “Não quero dinheiro nenhum [de Portugal], s´ó queria que mo trouxessem de volta nem que fosse inválido”, conclui.