Dinamarca pode ter de enfrentar um novo problema depois de abater os cerca de 15 milhões de visons devido a uma mutação do novo coronavírus. É que os animais foram enterrados em valas comuns, pois era impossível cremar tantos de uma só vez, e isso pode ter contaminado as águas subterrâneas. O assunto já mereceu a atenção do parlamento que vai abrir um inquérito, depois de uma rádio local, a Radio4, ter revelado um estudo que aponta nesse sentido.

Segundo o The Guardian, que cita meios de comunicação dinamarqueses, cerca de 10.400 toneladas de pedaços de corpos dos animais estão enterradas em duas valas da área de treino militar na Jutlândia Ocidental, enquanto que outras 14.000 mil toneladas foram processadas numa fábrica de indústria de peles. Há ainda 2.300 toneladas que foram cremadas, mas cerca de 4.700 toneladas, perto de 1,5 milhões de corpos, estão desaparecidos.

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O ministro da Agricultura e Pescas admitiu que esta é apenas a melhor “aposta”, pois na verdade não sabem como nem onde foram enterrados os animais “Podem arrancar os cabelos, mas infelizmente a verdade é essa”, disse Rasmus Prehn, dizendo que o número de corpos enterrados pode ser outro.

Ainda segundo o ministro, citado pelo Danmarks Radio, os organismos estatais ficaram com a responsabilidade de “descartar” cerca de 31 mil toneladas de partes de visons (ou martas, nome que também é dado a estes animais) esquartejados, o que equivale a quase 11 milhões de corpos. .

É problemático que o governo não consiga explicar onde estão esses visons”, afirmou uma deputada do partido liberal de oposição, Ulla Tørnæs.

A Dinamarca é a responsável por 40% da produção global de pele de vison, tendo a China e o território de Hong Kong como principais mercados.