O ataque informático de larga escala cometido contra os Estados Unidos na reta final de 2020, supostamente por hackers russos, teve mais consequências para a Microsoft (uma das grandes empresas afetadas) do que até agora se sabia. Os atacantes conseguiram ver parte do código-fonte — instruções que formam a base para o funcionamento dos programas e páginas web — usado pela empresa, mas não puderam modificar nenhum sistema ou ter acesso aos dados dos clientes, esclareceu a empresa em comunicado na quinta-feira.
Como nas restantes organizações atacadas, os hackers usaram atualizações de um software desenvolvido pela empresa texana SolarWinds para entrar nos sistemas da Microsoft, que a empresa garantiu terem sido removidas depois de serem classificadas como maliciosas.
“A nossa investigação interna, que está ainda em andamento, também não encontrou evidências de que os nossos sistemas tenham sido usados para atacar outros”, continua a empresa. Inicialmente, a Microsoft negou que os seus sistemas tivessem sofrido qualquer violação durante o ciberataque.
Quanto aos possíveis culpados, no comunicado é reforçada a ideia de que o ataque de pirataria informática foi orquestrado por alguma potência estrangeira: “Queremos ser transparentes e partilhar o que temos estado a aprender enquanto combatemos o que acreditamos ser uma atuação estatal muito sofisticada”.
Fontes próximas do caso têm vindo a acusar hackers ligados ao governo russo, contudo, Trump já por várias vezes apontou o dedo à China, contrariando as declarações do seu secretário de Estado, Mike Pompeo, que responsabilizou a Rússia.
….discussing the possibility that it may be China (it may!). There could also have been a hit on our ridiculous voting machines during the election, which is now obvious that I won big, making it an even more corrupted embarrassment for the USA. @DNI_Ratcliffe @SecPompeo
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) December 19, 2020