Miguel José Lopes Romão é o homem “discretíssimo” que se tornou o protagonista do caso das informações falsas sobre o magistrado do Ministério Público que representará Portugal na Procuradoria Europeia. Esta segunda-feira apresentou a demissão como diretor-geral da Política de Justiça e a ministra Francisca van Dunem aceitou a sua demissão, “tendo em conta os últimos acontecimentos”.
Sempre ligado ao Direito e com uma colaboração sempre muito próxima ao Partido Socialista, quem se cruzou com ele ao longo da sua vida profissional classifica-o como “cavalheiro”, “super-educado” e com “um grande sentido de honradez”. Terá sido precisamente o seu sentido de honra que o terá levado a demitir-se “em cumprimento da lógica republicana de que os erros administrativos que afetem a reputação e dignidade do serviço público devem ser assumidos pelo dirigente dos serviços”, como se lê no comunicado que fez questão de publicar no site da Direção-Geral da Política de Justiça após a reunião com a ministra da Justiça.
Só que o comunicado também diz que a ministra conhecia os erros e acabou mesmo por ser retirado do site, num caso que se tornou assim ainda mais polémico ao longo do dia, obrigando António Costa a vir a terreno apoiar a ministra. Um apoio anunciado por antecipação pelo próprio presidente Marcelo Rebelo de Sousa.
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