Notou-se, nos últimos dias, um “pequeno aumento” do valor médio das compras feitas pelos portugueses nas lojas dos principais supermercados, mas não se está assistir a qualquer “corrida aos supermercados” nem a imagens de açambarcamento como as que marcaram os dias que antecederam o primeiro confinamento, em meados de março. A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) diz ao Observador que “as pessoas aprenderam com a experiência” anterior e “sabem que podem confiar que as lojas vão estar abertas, prontas para alimentar os cidadãos e que as cadeias de valor estão asseguradas”. Uma das principais retalhistas do país fala em “forte procura” nos últimos dias, mas não a associa, necessariamente, ao novo confinamento.

Em alguns locais – lojas, mercearias, talhos, entre outras – já se está a notar alguma acumulação maior de pessoas à porta, nos últimos dias, mas nada comparável às filas que se geraram em antecipação ao anúncio do primeiro confinamento. As lojas online de alguns hipermercados já começam a indicar tempos de entrega um pouco mais dilatados, porém sem chegar aos prazos longos de março, altura em que nem os sites das lojas aguentaram a pressão.

A APED, associação que representa não só empresas do retalho alimentar mas, também, do retalho não-alimentar, refere que “as pessoas perceberam, com a experiência do primeiro confinamento, que não fazem sentido atitudes de consumo inusitado, açambarcamento, porque sabem que a cadeia de valor no retalho alimentar nunca deixou de estar assegurada” e as empresas aproveitaram os últimos meses para fazer ajustes e investimentos para garantir o serviço o mais normal possível. Foram investimentos (que a APED não quantifica) em estruturas físicas e informáticas, além de acordos com empresas de transportes, já que não existem frotas próprias.

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