Cerca de 100 apoiantes de um movimento auto-denominado “Defender Portugal” manifestaram-se, sem máscaras ou distanciamento físico, em frente ao parlamento, para contestar as medidas de contenção da pandemia, que consideram estar a prejudicar o país.

Não faltaram bandeiras de Portugal de todos os tamanhos e os smartphones para registar para as redes sociais a manifestação que decorreu durante esta tarde de sábado em frente à escadaria da Assembleia da República, em Lisboa, mas que começou com uma vigília durante a madrugada no mesmo local.

Mas faltaram os equipamentos de proteção individual e o distanciamento físico impostos pela pandemia, na altura em que Portugal já ultrapassou por várias vezes os 10.000 contágios e 150 óbitos diários. As poucas pessoas que tinham máscaras não estavam com elas colocadas e tinham-nas nas mãos ou no queixo.

Em declarações ao Observador, fonte do Comando Metropolitano de Lisboa não adiantou quantas pessoas tinham sido multadas e esclareceu que a PSP sinalizou as violações à lei, uma vez que o uso de máscara na via pública é obrigatório sempre que não seja possível manter o distanciamento, mas que as autoridades só irão proceder às devidas autuações mais tarde.

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Questionada sobre se a manifestação tinha sido autorizada (critério necessário à realização de uma manifestação  quando quebrado o confinamento em estado de emergência), a PSP não deu resposta.

Luís Freire, dinamizador daquele movimento, explicou que este protesto aconteceu por causa da falta de respostas da “classe política” sobre um manifesto que pretende alertar para os problemas associados às medidas decretadas para mitigar a disseminação do SARS-CoV-2.

O manifesto em questão, prosseguiu Luís Freire, foi feito “por muitas pessoas da sociedade civil”, que “aceitaram o desafio” de o fazer “para entregar ao Governo, como forma de ajudar, colaborar, no sentido de algo mudar” em Portugal.

O responsável defendeu que a realização da campanha eleitoral “com confinamento, não é de todo aceitável”, tendo em conta a campanha que é “para esclarecer” a população.

Ivo Borges esteve presente na manifestação “para defender os interesses de Portugal” e para “alertar para a pressão económica” que o país enfrenta.

A manifestante questionou “como é que os especialistas não esperavam” que houvesse mais infeções e mortes associadas à Covid-19.