O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) anunciou este sábado que uma enfermaria de 24 camas reconvertida para doentes covid, mas que se encontrava em ‘stand-by’, entrou em funcionamento devido ao aumento de casos.

“No dia em que ultrapassamos os 1.000 doentes tratados com diagnóstico covid, abrimos a Enfermaria de Medicina 1 como área covid”, disse à Lusa fonte do gabinete de comunicação do CHVNG/E.

Segundo o responsável, o Hospital de Gaia recebeu na última noite dois doentes do Hospital Amadora Sinta, estando previsto para segunda-feira a transferência de mais três doentes do mesmo hospital.

Na sexta-feira, às 24:00, o CHVNG/E tinha internados em enfermaria 71 doentes com infeção pelo novo coronavírus e 15 em cuidados intensivos, referiu a fonte.

Numa semana em que Portugal regista máximos de casos de infeção pelo novo coronavírus e de mortes associadas à covid-19, o Ministério da Saúde enviou um despacho aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde com entrada em vigor imediata, no qual determinava que os hospitais passassem os seus Planos de Contingência para o nível máximo.

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Esta determinação implica, na prática, maximizar a resposta da capacidade hospitalar à situação epidemiológica local, regional e nacional, bem como “suspender a atividade assistencial programada não urgente que possa reverter em reforço de cuidados ao doente crítico”.

A atividade cirúrgica do CHVNG/E está desde terça-feira “focada essencialmente na resposta aos doentes prioritários/emergentes”, enquanto “as consultas, o ambulatório e o Hospital de Dia continuam a funcionar de forma regular”.

“Obviamente, haverá uma redução substancial das cirurgias, e o que está a ser feito é uma programação realizada com menos tempo de antecipação, de forma a não gerar falsas expectativas nos utentes. Ou seja, há uma diminuição da marcação das cirurgias e não um cancelamento. A respetiva quantificação só poderá ser analisada a posteriori, por comparação com períodos homólogos”, referiu a fonte do CHVNG/E.