Em dia de voto antecipado, foi a vez de Francisco Louçã entrar na campanha para dar um apoio a Marisa Matias mas, acima de tudo, para se dirigir aos “socialistas que votaram toda vida e que estão perante a situação estranha de não se reconhecerem em nenhum candidato e pensarem se devem votar Marcelo”. Numa tentativa de angariação de votos, o fundador do Bloco de Esquerda atira: “Querem mesmo votar em Marcelo?”

As justificações e perguntas ficaram para depois, quando Louçã questionou se é o atual Presidente da República que vai fazer um contrato da saúde, para o ambiente, para a igualdade ou para o trabalho. “Quem dirá onde estão as disponibilidades e fará a ponte para um Governo para dizer ‘isto não pode ser’, Marcelo ou Marisa?”, questiona, dirigindo-se à candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda como a “campeã da estabilidade”.

O voto de Louçã é pela “confiança” e pela “liberdade”, aliás, o ex-líder do Bloco de Esquerda aproveitou a ideia de liberdade para garantir que não gosta de gritarias e que “em Portugal se aprecia muito as gritarias”. Até percebe, atira em jeito de ironia, que o “ídolo Trump” seja “maravilhoso” por ensinar “a roupa, as frases, o dedinho espetado, a esbracejar”, mas nos EUA provou-se que “quem não está preparado só cria desgraças”. E em Portugal já se aprendeu que “quem semeia ódio, colhe tempestades”.

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