A Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar (SPEPH) defendeu esta quinta-feira a necessidade de uma revisão dos protocolos e modelos de atendimento, triagem e encaminhamento de doentes para evitar a atual sobrecarga das urgências dos hospitais.

Em comunicado, a SPEPH realça a premência da “reorganização do atual Sistema Integrado de Emergência Médica” (SIEM), considerando que o cenário de urgências de hospitais com filas de espera de ambulância é uma consequência de “protocolos e orientações desadequadas” e que “deveriam ser adaptados à situação que o país atravessa” com o agravamento da pandemia de Covid-19 ao longo de janeiro.

É evidente a incapacidade da gestão atual, quer por força dos protocolos de acionamento inadequados, mas também pela não valorização dos operacionais de emergência médica pré-hospitalar, no que diz respeito à abordagem no local, que poderia ‘determinar’ ou não o transporte dos doentes para as urgências dos hospitais, sempre com validação do médico regulador do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU)”, pode ler-se na nota.

Na quarta-feira, o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) apelou à população para apenas recorrer de ambulância ao serviço de urgência dedicado ao SARS-CoV-2 do Hospital de Santa Maria “em situações justificadas”, já que a unidade tem registado “picos de afluência”.

Em comunicado, o centro hospitalar dá conta de que este serviço de urgência “tem registado picos de afluência” e que “quase metade dos utentes são transportados de ambulância, mas destes só 15% apresentam situações que justificam o recurso a uma urgência hospitalar”. Os restantes 85% “são triados com prioridade verde ou azul, representando uma sobrecarga evitável”, segundo o CHULN.

Em Portugal, morreram 11.608 pessoas dos 685.383 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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