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Boletim DGS. Portugal ultrapassa pela segunda vez as 300 mortes diárias

Este artigo tem mais de 3 anos

Portugal registou pela segunda vez 303 mortes num só dia, o número mais alto da pandemia. No primeiro mês de 2021, morreram 5.576 portugueses devido à Covid-19, numa média de 179,9 óbitos por dia.

epa08957035 A nurse takes care of a patient considered as PUI (Patient Under Investigation) for COVID-19 in the Emergency Room of the Sharp Coronado Hospital, amid coronavirus pandemic in Coronado, west of San Diego, California, USA, 20 January 2021 (issued 22 January 2021).  EPA/ETIENNE LAURENT
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Entre as vítimas mortais anunciadas este domingo, consta uma mulher na casa dos 30 anos

ETIENNE LAURENT/EPA

Entre as vítimas mortais anunciadas este domingo, consta uma mulher na casa dos 30 anos

ETIENNE LAURENT/EPA

O número de mortes devido à Covid-19 voltou a subir em Portugal. Este domingo, foram confirmados 303 óbitos na sequência da pandemia, mais dez do que no da anterior. É a segunda vez que Portugal ultrapassa os 300 óbitos diários e atinge os 303, o valor mais alto alguma vez registado no país. A primeira vez foi a 28 de janeiro.

A chegada do fim de janeiro permite olhar para a mortalidade do primeiro mês de 2021, mais letal do que qualquer um de 2020. Ao longo de janeiro, morreram 5.576 em Portugal devido à pandemia, segundo os números divulgados pela Direção-Geral de Saúde (DGS), numa média diária de 179,9 óbitos. Os dias 28 e 31 de janeiro foram os mais mortíferos (303 mortes), e o dia 1 de janeiro aquele em que morreram menos pessoas (66 mortes).

Uma das vítimas mortais tinha entre 30 e 39 anos

Entre as vítimas mortais anunciadas, consta uma mulher na casa dos 30 anos. É a vítima mais nova de uma pandemia que continua a afetar sobretudo os mais velhos.

Nas últimas 24 horas, morreram 217 pessoas com 80 ou mais anos de idade (97 homens e 120 mulheres); 48 com 70 a 79 anos (29 homens e 19 mulheres); e 31 com 60 a 69 anos (21 homens e 10 mulheres). Das 303 vítimas mortais, seis tinham entre 50 e 59 anos (quatro homens e duas mulheres).

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Novos casos em queda há três dias consecutivos

Quanto aos novos casos, estes encontram-se há três dias em queda. Em relação a sábado, registou-se uma diminuição de 23,6%, com a comunicação por parte da DGS de 9.498 novas infeções pelo novo coronavírus. O vírus já infetou 720.516 pessoas em Portugal e provocou a morte de 12.482.

Depois de uma descida este sábado, os casos ativos voltaram a subir. São agora 181.623, mais 1.684 do que no dia anterior, um aumento de 0,9%. Portugal volta assim a ultrapassar a barreira dos 180 mil casos ativos, atingida pela primeira vez a 28 de janeiro.

Lisboa e Vale do Tejo permanece região mais afetada pela pandemia com mais de 50% dos novos casos

A região de Lisboa e Vale do Tejo permanece a mais afetada pela pandemia do novo coronavírus. De acordo com os dados do boletim deste domingo da DGS, nas últimas 24 horas, foram confirmados nesta região 4.834 casos (50,9% do total) e 153 mortes (50,5%). É, portanto, nesta zona do país que se concentram metade dos casos e metade das mortes por Covid-19 em Portugal.

No Norte do país, os números são mais animados: a DGS anunciou 2.651 novos casos (28%) e 48 mortes (15,8%), números que ficam bem abaixo dos de Lisboa e Vale do Tejo e que poderão ser explicados com uma desaceleração que já está a acontecer nesta região. Em declarações ao Jornal de Notícias, Óscar Felgueiras, professor de Matemática especializado em epidemiologia, considerou mesmo ser provável que no Norte já se tenha atingido o pico desta fase da pandemia.

“Provavelmente, no Norte já se passou o pico. A única incerteza é o dia das eleições, mas os dados da mobilidade apontam para um impacto reduzido”, disse o especialista. A manter-se esta tendência, esta semana, começará a registar-se uma descida nos novos casos e “a sentir um alívio nos internamentos” na região. No Centro, e sobretudo em Lisboa e Vale do Tejo, o abrandamento será “mais lento”, previu Óscar Felgueiras.

Segundo o boletim da DGS, o Centro tem mais 1.385 casos de Covid-19 (14,6%) e 77 mortes devido à doença(25,4%). O Alentejo confirmou 254 casos (2,7%) e 16 mortes (5,3%); e o Algarve 233 casos (2,5%) e cinco mortes (1,7%), permanecendo a região de Portugal Continental menos afetada pela pandemia.

A Madeira registou mais 101 novos casos e três mortes e os Açores 40 casos e uma morte.

Internamentos em enfermaria e UCI atingem novo máximo

Depois de uma descida nos internamentos, o boletim da DGS volta a dar conta de uma subida com a entrada de mais 150 doentes nas enfermarias dos hospitais portugueses (2,3% em relação a sábado). O total é agora 6.794, o número mais alto alguma vez registado em Portugal e o mais próximo que o país já esteve dos sete mil internados.

Nos cuidados intensivos (UCI), a situação não é mais animadora. De sábado para este domingo, foram internados mais 15 doentes nestas unidades (um aumento de 1,8%), elevando o total para 858, também um novo máximo em Portugal.

A boa notícia é que, nas últimas 24 horas, foram dados como recuperados 7.511 doentes.

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