Tiroteios e explosões fizeram-se sentir esta sexta-feira na cidade de Mogadíscio, resultantes de fortes rivalidades políticas ligadas ao processo de eleição presidencial agendado para o passado dia 8 de fevereiro.

Os deputados somalis, encarregues de escolher um novo Presidente, viram o processo ser adiado após acusações da oposição darem conta de que o governo teria pré-selecionado apoiantes nas juntas eleitorais regionais e nacionais. A eleição indireta ainda se encontra num impasse devido à falta de entendimento das regiões semi-autónomas em como conduzir o voto. O presidente Abdullahi vai-se encontrar esta sexta-feira com líderes regionais na tentativa de resolver esta questão.

Mohamed Abdullahi continua assim no cargo, facto que alianças políticas da oposição, entre as quais milícias armadas, não aceitam por considerar que o termo presidencial do atual magistrado chegou ao fim. Seguiram-se demonstrações na via pública, em desafio à probição de acesso às ruas por parte das autoridades governamentais. Vídeos enviados à Reuters por civis demonstram os violentos confrontos decorrentes deste impasse político.

O ministro da segurança Hassan Hundubey Jimale acusou as milícias de provocarem o confronto, defendendo que as forças do governo apenas fizeram o seu trabalho, segundo a Reuters.

A nação situada no Corno de África está mergulhada numa guerra civil desde 1991, e tanto as forças governamentais como da oposição têm recorrido a financiadores externos em termos de armamento, acrescenta a agencia de notícias, sublinhando que, sem mediação, o confronto tem potencial para se espalhar rapidamente e ainda abrir espaço a grupos islâmicos insurgentes como o Al Shabaab que têm atacado civis na zona oriental de África.

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