O preço das comunicações desce “mais em Portugal do que na Europa”, divulgou esta quinta-feira a associação dos operadores Apritel, citando dados recentes do Eurostat, que “comprovam mais uma vez a forte dinâmica” do mercado português.

Em comunicado, a Apritel adianta que “Portugal lidera a descida de preços nos pacotes de comunicações, usados por 86% das famílias portuguesas”.

Os dados mais recentes do Eurostat, de janeiro deste ano, refere a Apritel, “comprovam mais uma vez a forte dinâmica competitiva do mercado português de comunicações eletrónicas”.

Analisando a “evolução do cabaz de preços dos serviços de telecomunicações para o período de janeiro de 2019 – janeiro de 2021, os preços em Portugal reduziram-se 5,52%, enquanto na média da UE27 se mantiveram”, aponta a associação.

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No último ano, “a competividade do setor nacional também sai reforçada: em média, este índice de preços reduziu-se 1,9%, enquanto na UE27 apenas desceu 0,3%”.

Se for tido em conta os preços dos serviços em “bundle” [pacote], “aqueles que 86 em cada 100 famílias portuguesas subscrevem, Portugal é o país onde os preços mais baixaram nos últimos 12 meses”, ou seja, caíram 3%, salienta a Apritel.

“Esta forte descida de preços também transparece do comparativo com o período homólogo, onde Portugal teve uma descida de 2,6% dos preços dos serviços em pacote e a UE27 viu os preços aumentar 0,4%”, aponta a associação dos operadores.

A Apritel nota, uma vez mais, que “o comparativo de evolução de preços suportados no IHCP [inflação] do Eurostat não pode ser utilizado para comparar níveis de preços entre países, apenas a evolução dos mesmos”.

O preço das telecomunicações em Portugal tem sido um ponto de discórdia entre a associação e o regulador setorial Anacom.

No final de janeiro, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) divulgou que os preços nas telecomunicações em Portugal tinham subido 6,5% em 11 anos, entre final de 2009 e dezembro de 2020, enquanto na União Europeia tinham diminuído 10,8%, o que levou a Associação dos Operadores de Comunicações Eletrónicas a acusar o regulador de ter uma “distorcida visão” da evolução dos preços.