A Tesla vende há muito veículos na China, mas só depois de construir a Gigafactory Xangai é que passou a atacar o mercado local em melhores condições, livre das restrições dos impostos à importação e com a quantidade necessária de veículos para inundar o mercado. Desde então, o Model 3 figura habitualmente entre os modelos eléctricos mais procurados pelos condutores locais. Mas não em Janeiro, em que foi ultrapassado por um veículo que poucos conhecem, o Wuling Hongguang Mini EV.

O Model 3 é procurado por argumentos como a potência elevada, grande autonomia e inúmeros sistemas electrónicos que facilitam a vida do condutor. Pelo seu lado, o Wuling Hongguang Mini EV conseguiu bater o Tesla nas vendas sem esgrimir nada disto, pois não possui Autopilot ou qualquer solução similar. Em compensação, custa apenas cerca de 3400€, ou seja, 28.800 yuans. Isto na versão mais acessível, pois se o condutor não quiser abrir mão de pormenores como o ar condicionado, é possível que tenha de pagar 38.000 yuans (4.600€).

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O Wuling Hongguang Mini EV é um produto que resulta da cooperação entre a local SAIC e a americana GM, com apenas 2,9 metros de comprimento e 1,49 m de largura. Ainda assim, transporta quatro pessoas no seu interior. O fabricante afirma que a potência do pequeno eléctrico é de 18 cv, com o motor a ser alimentado por uma bateria com somente 9,2 kWh de capacidade na versão mais barata, que lhe permite anunciar uma autonomia de 120 km segundo o método NEDC, que deverá equivaler a cerca de 90 km em WLTP, para depois surgir a “long range” com 13,8 kWh, capaz de percorrer 170 km em NEDC (130 km em WLTP) entre visitas ao posto de carga.

Os valores não são impressionantes, à semelhança do veículo, mas sendo comercializado por pouco mais de três mil euros, percebe-se que seja uma proposta imbatível para muitos chineses e daí que o Wuling tenha transaccionado 36.000 unidades em Janeiro, contra 13.000 do Model 3.

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