Sete anos após a anexação da Crimeia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou esta sexta-feira que o seu governo manterá a posição de apoio à Ucrânia, afirmando que “nunca reconhecerá a suposta anexação da península”, segundo a Reuters.

O comunicado divulgado pela Casa Branca com assinatura do presidente reforça a vontade em “continuar a trabalhar para responsabilizar a Rússia pelos abusos e agressões sobre a Ucrânia”, e condena a violação da lei internacional e da soberania de um país vizinho.

Apostado em reorganizar a atual ordem mundial desviada pela administração de Trump, Biden reforça a sua retórica anti-russa um dia depois de um ataque americano contra bases controladas por milícias pró-iranianas na Síria, a primeira ação militar do mandato do democrata.

EUA queriam enviar “mensagem clara” e atacam bases controladas por forças iranianas no leste da Síria

A 26 de fevereiro de 2014 as forças militares russas ocuparam a península da Crimeia e em março realizou-se um referendo, tendo uma declarada maioria se manifestado pró-Rússia. Os líderes ocidentais, porém, consideraram o sufrágio ilegal.

Na altura, Obama impôs diversas sanções a oficiais russos próximos de Putin e a empresas russas também. Depois de Trump, que nunca se conformou com a anexação e culpabilizou inclusivamente Obama pela permissividade do seu mandato nesta matéria, Biden prossegue igualmente a retórica de contrariar o imperialismo russo, como explica o artigo da Aljazeera.

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