A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) pediu ao Governo que reabra integralmente os Serviços de Cuidados Paliativos que existiam na fase pré-pandémica, e que foram encerrados em muitos hospitais do país por causa da pandemia de Covid-19. “O desenvolvimento dos Cuidados Paliativos aumenta substancialmente a qualidade de vida dos doentes e famílias, diminuindo os custos em saúde, ao diminuir internamentos e reinternamentos hospitalares”, defende a associação presidida por Catarina Pazes.
Numa carta aberta enviada ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ao primeiro-ministro António Costa e à ministra da Saúde, Marta Temido, e a que o Observador teve acesso, a APCP exige mesmo que os “Cuidados Paliativos passem a ser entendidos como uma verdadeira prioridade que são no investimento em Cuidados de Saúde”.
Trata-se de uma urgência para o SNS, uma vez que os doentes com necessidades paliativas se encontram em todo o sistema de saúde e social. O facto de não terem acesso a cuidados de saúde adequados à sua situação não significa que não estejam a ser atendidos nos serviços, antes que podem estar a receber cuidados desadequados e desproporcionados, que não previnem nem tratam o sofrimento e que, ainda assim, são altamente dispendiosos”, lê-se na carta assinada pela Presidente Catarina Pazes.
Na mesma carta, a responsável pela associação lembra que, além da abertura destas unidades, é também “urgente que o acesso a equipas especializadas que prestem cuidados diretos ou consultoria a outros profissionais seja uma realidade”.
Assim, a associação pede ainda que sejam consideradas para o Programa de Recuperação e Resiliência as medidas apresentadas, “assim como que seja nomeada sem mais demoras a nova Comissão Nacional de Cuidados Paliativos, a bem da concretização da Estratégia de Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos”.