Depois da Bentley, da Jaguar e da Volvo, é chegada a vez de também a Mini tornar pública a sua intenção de se converter num fabricante automóvel exclusivamente eléctrico. O anúncio ainda não é oficial, mas é reportado pela Bloomberg com base em fontes da empresa, que remetem para amanhã, dia 17 de Março, uma clarificação da estratégia do construtor britânico, pela voz de Oliver Zipse, o CEO do Grupo BMW.

De momento, o construtor britânico possui apenas um veículo alimentado exclusivamente a bateria, o Mini Cooper SE, mas já fixou que a sua oferta se resumirá a modelos 100% eléctricos, no final da década.

Em 2030, a Mini tenciona deixar de comercializar veículos com motor de combustão, pelo que a última novidade a ser lançada pelo fabricante inglês equipada com motor térmico está agendada para 2025. E passados apenas dois anos, em 2027, a Mini espera que 50% das suas vendas sejam representadas apenas por veículos alimentados a bateria.

A decisão, como referido acima, surge em linha com a redefinição da estratégia de cada vez mais construtores de automóveis, a braços com a necessidade de cumprir regras cada vez mais apertadas em termos de emissões de dióxido de carbono, por um lado, e, por outro, os avultados custos que representará adaptar ou desenvolver motores para cumprir a nova norma Euro 7.

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Além disso, convém ter presente que o Grupo BMW anunciou a intenção de colocar no mercado 12 novos modelos puramente eléctricos, até 2023, pelo que é expectável que a Mini dê o seu contributo para atingir esta meta. Tanto mais que, ao contrário das restantes marcas que integram o conglomerado alemão, o fabricante britânico é o que melhor se encaixa numa oferta eminentemente urbana. E a cidade é, como se sabe, o terreno de eleição para explorar o potencial dos veículos eléctricos.

A Mini planeia lançar um Countryman a bateria, que será produzido na Alemanha. Já na China, onde o construtor tem uma parceria com a Great Wall, é aguardada a construção de um SUV de cinco portas, assente numa nova arquitectura e igualmente eléctrico, mas cujas baterias devem prescindir de cobalto, para reduzir custos de produção. Estas novidades militarão ao lado do Cooper SE, um três portas eléctrico de tracção dianteira com 184 cv, alimentado por uma bateria de 28,9 kWh (32,6 kWh brutos) que lhe permite percorrer 234 km entre recargas (sensivelmente o mesmo do Dacia Spring). Em Portugal, o Cooper SE é comercializado por 34.400€ e é um dos novos automóveis eléctricos que concorrem nesta edição dos Prémios Auto Observador (se ainda não votou, faça-o aqui).