A Guiné-Bissau recebe domingo 12.000 doses da vacina Astrazeneca, doadas por uma empresa de telecomunicações que opera no país, anunciou este sábado o Alto Comissariado para a Covid-19.

“O país irá receber 12.000 doses de vacina Astrazeneca, uma doação do grupo sul-africano MTN”, que tem estado a apoiar o combate à pandemia através da União Africana, refere, em comunicado divulgado à imprensa, o Alto Comissariado.

“O Alto Comissariado para a COVID-19 e o Governo continuam a mobilizar esforços junto dos parceiros para garantir uma cobertura vacinal no país que esteja em linha com as orientações da Organização Mundial da Saúde e que garanta uma imunidade de grupo”, salienta o comunicado.

A Guiné-Bissau aprovou o uso de três vacinas, homologadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), contra a infeção provocada pelo novo coronavírus, nomeadamente a Pfizer/BioNTech, Astrazeneca/Oxford e AstraZeneca do Serum Institute da Índia.

Em relação ao Plano Nacional de Vacinação, o Alto Comissariado explicou recentemente que numa primeira fase prevê atingir “20% da população guineense”, dando prioridade aos profissionais de saúde, pessoal de apoio da saúde, agentes de saúde comunitária, doentes com HIV/Sida, tuberculose, diabetes, doenças cardiovasculares, respiratória e doentes renais crónicos.

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O Plano, a ser executado em três fases, visa atingir 70% da população guineense, por forma a criar uma imunidade de grupo que possa favorecer uma redução significativa da transmissão.

O COVAX [mecanismo de distribuição universal e equitativa de vacinas contra a Covid-19 cogerido pela OMS] já anunciou que a Guiné-Bissau vai receber 120.000 doses de vacinas da fabricante AstraZeneca, até final de maio.

O Banco Mundial prevê apoiar a Guiné-Bissau para a cobertura de cerca de 15% da população, sendo que o COVAX promete fornecer vacinas para cerca de 20% da população.

A Guiné-Bissau regista um total acumulado de 3.558 casos de infeção pelo novo coronavírus, que já provocou a morte a 55 pessoas.

Na sequência do aumento de casos que se tem registado desde o início do ano, o Governo guineense decidiu prolongar o estado de calamidade por mais 30 dias, até 25 de março.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.702.004 mortos no mundo, resultantes de mais de 122,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.