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"Coisas de quem vive o jogo de forma apaixonada". Sérgio Conceição e Paulo Sérgio pegaram-se, insultaram-se e acabaram expulsos

Este artigo tem mais de 3 anos

Treinadores do FC Porto e do Portimonense discutiram depois do segundo golo dos dragões, tiveram de ser separados e acabaram expulsos. "Coisas de quem vive o jogo de forma apaixonada", disse Conceição

Sérgio Oliveira acabou por acalmar o treinador dos dragões
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Sérgio Oliveira acabou por acalmar o treinador dos dragões

LUSA

Sérgio Oliveira acabou por acalmar o treinador dos dragões

LUSA

A história teve o seu clímax aos 67 minutos mas começou a ser desenhada instantes antes. Na sequência do livre assinalado por Rui Costa, à entrada da grande área do Portimonense e potencialmente perigoso para a baliza de Samuel Portugal, Sérgio Conceição e Paulo Sérgio trocaram palavras menos bonitas. Sérgio Oliveira bateu o livre, a bola entrou na baliza depois de bater nas costas do guarda-redes e lançou-se o caos: Conceição e Sérgio voltaram a pegar-se, depois de o segundo festejar o golo de forma efusiva, a discussão subiu de tom e o árbitro decidiu expulsar os dois treinadores.

Afinal, a chave do sucesso foi ter Sérgio mais 10 (a crónica do Portimonense-FC Porto)

No caminho em direção ao túnel, os insultos continuaram e os técnicos tiveram mesmo de ser separados e agarrados para não chegarem a vias de facto. A discussão prosseguiu à entrada do túnel, com quase todos os jogadores a deixarem o relvado para se aproximarem do que se estava a passar, e Sérgio Oliveira ia tentando acalmar Sérgio Conceição, que estava visivelmente alterado. Rui Costa só conseguiu repor a normalidade ao fim de vários minutos — e com recurso a três cartões amarelos, já depois de também Marchesín discutir com o jogador do Portimonense — e os dois treinadores acabaram por subir à bancada do Estádio Municipal de Portimão.

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De forma natural e expectável, ninguém quis comentar o episódio na flash interview. Sérgio Oliveira garantiu não ter visto nada, o adjunto de Sérgio Conceição não quis falar sobre o assunto, o de Paulo Sérgio defendeu que são coisas normais no futebol e a mesma opinião foi veiculada pelo guarda-redes Samuel Portugal. Certo é que, pela primeira vez na história, o FC Porto venceu um jogo graças a dois autogolos. Os dragões venceram pela terceira jornada consecutiva, o melhor registo desde dezembro, mas voltaram a sofrer golos, algo que não acontecia há um mês. Esta foi também a 13.ª vitória seguida do FC Porto contra o Portimonense em todas as competições.

Depois do final da partida, Sérgio Oliveira reconheceu que a equipa entrou “algo apática”. “Sabíamos que ia ser muito complicado o jogo, muito mesmo, tal como o mister perspetivou. Entramos algo apáticos mas à procura da melhor solução para chegar à baliza. Fizemos um golo. Na segunda parte, fomos também um pouco apáticos, sofremos [o empate] mas conseguimos reagir e levamos os pontos todos, que era o mais importante”, explicou o internacional português, que garantiu que os dragões não foram “surpreendidos” com o sistema do Portimonense, que atuou com três centrais. “Não fomos surpreendidos. Fica sempre difícil jogar contra sete defesas e uma linha muito baixa. Na primeira parte, principalmente, tínhamos o vento a favor, mas não foi uma grande ajuda. Os passes em profundidade saíam demasiado compridos, face ao normal. Na segunda parte melhorámos e jogar contra o vento ajudou-nos. Parece um contra-senso, mas é a realidade”, acrescentou.

Mais tarde, já na conferência de imprensa, Sérgio Conceição acabou por comentar o desentendimento com Paulo Sérgio. “São coisas de quem vive o jogo de forma apaixonada, se calhar de forma exagerada. Lamento a situação, mas são coisas que se passam dentro do campo. Se calhar de uma forma mais percetível agora, porque não existe público. Mas estas coisas aconteciam em vários bancos. É por aí”, atirou. O treinador falou ainda sobre a lesão de Pepe, que foi substituído na primeira parte. “Vamos avaliar amanhã, temos um tempo. Agora também há seleções, mas isso não tem nada a ver com a lesão. O Pepe tem sentido um incómodo no gémeo de algumas semanas para cá e hoje ressentiu-se”, explicou. Já Paulo Sérgio pediu desculpa aos próprios jogadores e sublinhou que foi a primeira vez que foi expulso em toda a carreira. “Isso diz tudo. É uma coisa que falo sempre com os meus jogadores, não se deixarem ir pela emoção, e eu cometi esse erro. Como tal tenho de lhes pedir desculpa e fico por aqui, sobre o resto as imagens são esclarecedoras”, disso o técnico dos algarvios.

Sobre o jogo em si, Sérgio Conceição reconheceu que a vitória foi “difícil”. “À medida que o Campeonato se encaminha para o fim, a dificuldade dos jogos é ainda mais patente. Penso que, na primeira parte, algo morna e com muitas paragens, percebemos que o Portimonense queria esses duelos e confrontos físicos. Surgiram com três centrais, dois laterais e dois médios defensivos, com mais dois na frente. Não soubemos desmontar a organização defensiva do adversário e faltou gente nossa nas costas da linha média adversário para atrair dentro e dar espaço aos nossos laterais. Conseguimos criar situações e do Portimonense não me recordo de nada. Na segunda parte, jogamos com a nossa linha defensiva sempre à procura dessa boa articulação e, por vezes, o Portimonense conseguiu espaço, mas teve uma ocasião. Nós tivemos três ou quatro. A vitória foi justa num jogo em que houve muitas faltas, muitas paragens. Estou à vontade para falar, porque se perdesse acusavam-me de dar desculpas, mas aqui joga-se muito pouco. Se tivemos 15 minutos de tempo útil na primeira parte, foi muito. É a forma como está o futebol em Portugal. Temos, a começar por mim, que melhorar isso”, disse o técnico dos dragões, que garantiu ainda não ter ficad surpreendido com o sistema de três centrais dos algarvios.

“Isso é uma boa questão para o treinador do Portimonense. A mim não me deixou surpreendido. O futebol é muito simples. Não é por ter muitos avançados que se ataca melhor e o mesmo se passa com defesas, em relação a defender melhor. Sabíamos que o Portimonense ia estar sobretudo no seu meio campo, a aproveitar as saídas para o contra-ataque, com o guarda-redes a demorar os seus 20, 30 segundos na reposição de bola, a utilização do jogo direto no Beto. Isso foi tudo trabalhado e sabíamos com o que contar independentemente dos jogadores que poderiam jogar. Ganhamos o jogo, fizemos a nossa obrigação”, terminou.

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