A (mais) famosa criptomoeda passou a ser aceite pela Tesla como forma de pagamento dos carros vendidos aos clientes. Para já, apenas no mercado norte-americano. O anúncio surgiu no Twitter do CEO da marca de veículos eléctricos, com Elon Musk a aproveitar ainda para esclarecer que não pretende converter as Bitcoins recebidas em moeda fiduciária, mas sim mantê-las como tal, no que pode ser encarado como mais uma jogada arriscada por parte do empresário.

O valor da Bitcoin é visto por muitos reguladores como altamente especulativo e se são vários os especialistas que antecipam que a criptomoeda ainda tem um enorme potencial de valorização, a realidade é que o inverso também pode acontecer. Significa isto que, ao amealhar Bitcoins, a Tesla poderá vender um Model 3, por exemplo, e passado algum tempo ter em criptomoeda o valor correspondente à venda de dois Model 3, no que seria uma eficaz estratégia a longo prazo para ir “engordando” os activos de reserva alternativos. O cenário de perda, porém, também não pode ser afastado. Acresce a tudo isto as lacunas legais que a moeda digital veio colocar em evidência. Desde logo, nas dúvidas que suscita quanto ao seu enquadramento, que varia consoante os países (uns consideram-na um meio de pagamento, outros um activo financeiro).

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Tesla planeia aceitar Bitcoins como pagamento (e comprou 1.500 milhões de dólares delas)

Recorde-se que, no início de Fevereiro, a Tesla anunciou um investimento superior a 1200 milhões de euros em Bitcoin e, só por isso, o valor da criptomoeda subiu 12%, com ganhos evidentes para o construtor norte-americano. Por outro lado, quando Musk admitiu (num outro tweet) que o valor da Bitcoin era um exagero, conseguiu o efeito oposto.

À data de hoje, a criptomoeda acusava o valor mais baixo das duas últimas semanas mas, assim que Musk deu a novidade nas redes sociais, começou a subir.