O Emerald Group, através da Emerald Europe, que detém 30% do Polígrafo, comprou a Forbes Portugal e a Forbes Angola vai dar lugar à Forbes África Lusófona, anunciou esta quinta-feira a ‘holding’ do empresário angolano N’Gunu Tiny.

Na quarta-feira, a Zap, da empresária angolana Isabel dos Santos, anunciou a antecipação para este mês do fim da licença da publicação da revista Forbes, previsto para 2022, avançado que pretendia recentrar-se na produção de conteúdos audiovisuais.

Em comunicado divulgado, é anunciado que a Forbes Portugal, há cinco anos no mercado, “passa agora a ser detida pelo Emerald Group, através da Emerald Europe, sua subsidiária europeia focada em investimento de impacto e inovação que detém 30% do jornal digital Polígrafo e vê assim reforçada a sua presença nos media portugueses”.

A Emerald comprou a licença diretamente à revista norte-americana Forbes, passando agora o grupo a “deter ainda os direitos da Forbes para Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, e São Tomé e Príncipe, perspetivando uma forte aposta no mercado lusófono“, lê-se no comunicado.

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O Emerald Group está sediado no Dubai International Financial Center e é uma ‘holding’ de investimentos “detida exclusivamente pelo advogado e empresário N’Gunu Tiny, com foco no setor financeiro, energia, investimento de impacto e inovação social”.

O grupo adianta que a revista de negócios “vai reforçar a sua dinâmica digital, site e social media, de modo a ter um maior alcance no seu compromisso de projetar e promover o que de melhor se faz” no mundo empresarial da lusofonia.

“Acreditamos no potencial da Forbes enquanto título de referência no mundo empresarial para promover a língua portuguesa. É um forte ativo socioeconómico e cultural que será, por isso, potenciado pelas novas tecnologias de informação e por um reforço na atual linha editorial do título”, afirma Raúl Bragança Neto, administrador executivo da Emerald Europe, citado no comunicado.

A Forbes Portugal vai continuar a ser bimestral e estão previstas duas edições da Forbes Life, complementadas com uma plataforma digital de multiconteúdos.

Já a Forbes Angola vai dar lugar à Forbes África Lusófona, título que, bimestralmente, trará uma nova dinâmica ao mercado dos países africanos de língua portuguesa, com foco na informação económica local, nos fazedores e nas empresas que fazem a diferença no continente, estabelecendo pontes e sinergias para um futuro melhor e mais inspirador”, adianta o grupo.

As duas edições “partilham uma redação comum, agora liderada por Nilza Rodrigues, que até então exercia a direção executiva da Forbes Portugal, e apoiada por Paul Trustfull que, com uma experiência de 13 anos na revista norte-americana, assume a editoria internacional”.