O candidato da coligação PSD/CDS-PP à Câmara de Serpa, José Damião Félix, afirmou esta quarta-feira que pretende “ajudar a projetar o futuro” deste concelho, “bastião” comunista no distrito de Beja, com “novas dinâmicas e novos projetos”.

Em declarações à agência Lusa, José Damião Félix, de 44 anos, revelou ter avançado com uma candidatura nas eleições autárquicas deste ano por “sentir que, em Serpa, as pessoas desejam uma mudança”.

“As pessoas anseiam por uma mudança na liderança da gestão autárquica que prepare o concelho de Serpa para o futuro” e “com visão estratégica e capacidade de trazer para o concelho novas dinâmicas e novos projetos”, argumentou.

José Damião Félix alegou que as prioridades da sua proposta eleitoral serão “aquelas que, ao longo dos anos, os executivos eleitos deixaram para trás nos sucessivos mandatos”, a começar pela “educação e a saúde”.

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O candidato do PSD/CDS-PP assumiu querer também “preparar o concelho para o futuro” e “utilizar os instrumentos de gestão autárquica” para deixar em Serpa “as mais-valias das cadeias de valor provenientes da fixação das empresas integradas no Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva”.

“Vencer este desafio é fundamental para fixar pessoas, empresas e serviços públicos”, frisou.

José Damião Félix é natural de Lisboa e licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico. Empresário agrícola, dá também aulas de matemática a alunos do ensino básico e secundário no Agrupamento de Escolas n.º 2 de Serpa.

Militante do PSD, foi deputado municipal em Serpa entre 2013 e 2017 e é, desde 2017, presidente da Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Serpa, além de vice-presidente da comissão política distrital de Beja do PSD e membro do conselho nacional do partido.

A sua candidatura à Câmara de Serpa foi anunciada pelo presidente do PSD, Rui Rio, em conferência de imprensa, no passado dia 23.

A Câmara de Serpa é um baluarte comunista do distrito de Beja, pois, desde 1976, quando se realizaram as primeiras eleições autárquicas após a Revolução de 25 Abril de 1974, sempre foi liderada pela CDU ou por coligações encabeçadas pelo PCP.

O atual executivo camarário, liderado pelo comunista Tomé Pires, que cumpre o segundo mandato, é constituído por quatro eleitos da CDU e três do PS.

Segundo a lei, as eleições autárquicas decorrem entre setembro e outubro.