O líder comunista deu esta sexta-feira “vivas” à Constituição da República Portuguesa (CRP), no 45.º aniversário do documento, alertando para os “inimigos declarados e dissimulados” de “um dos mais belos e progressistas textos constitucionais do Mundo”.

“A Constituição teve desde o momento da sua construção inimigos declarados, mas também inimigos dissimulados, como se tornou evidente no decorrer destes 45 anos da sua vigência. As forças conservadoras e retrógradas, políticas e sociais, os grandes interesses económicos e financeiros, nunca se conformaram, até aos nossos dias, com o seu projeto libertador e emancipador”, afirmou Jerónimo de Sousa, numa declaração gravada em vídeo.

Para o secretário-geral do PCP, a CRP “enfrentou cíclicas ofensivas que a mutilaram e empobreceram em várias áreas e relevantes aspetos”, e o referido ataque, “nos tempos que correm, procura reganhar força para consumar os seus objetivos de sempre”.

“A Constituição é, ela própria, uma das conquistas fundamentais da Revolução de Abril e dela disse Álvaro Cunhal ser um ‘testemunho da História e fiel retrato da Revolução portuguesa'”, acrescentou ainda, citando o histórico líder comunista.

Outro dos deputados constituintes sobreviventes e ainda politicamente ativos, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também assinalou hoje, em nota na página oficial na Internet do Palácio de Belém, o “marco histórico” da aprovação da CRP de 1976, já revista em sete ocasiões, afirmando que foi uma honra participar nesse processo.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR