O prolongamento do confinamento pelo mês de fevereiro não fez aumentar a taxa de desemprego em Portugal, que ficou nos 6,9%, tal como em janeiro, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). Já a taxa de desemprego jovem caiu 1,4 pontos percentuais face a janeiro para 21,6%.

“A taxa de desemprego situou-se em 6,9%, o mesmo valor que no mês precedente, menos 0,3 p.p. que três meses antes e mais 0,4 p.p. que no mês homólogo de 2020”, refere o INE.

O instituto reviu ainda a taxa de desemprego registada em janeiro — os dados provisórios apontavam para 7,2%, mas a atualização desta segunda-feira dá conta de 6,9% no arranque do ano.

Por seu turno, a população inativa (que inclui as pessoas que estão disponíveis para trabalhar, mas não procuram ativamente emprego ou que até procuram trabalho, só que não podem trabalhar — por exemplo, por terem de tomar conta dos filhos devido ao encerramento das escolas) diminuiu 0,3% face a janeiro (menos 8,8 mil pessoas), mas é superior em 2,4% em relação a período homólogo (mais 62,2 mil pessoas). Da mesma forma, a taxa de inatividade ficou nos 34,6%, menos uma décima do que em janeiro, mas mais 0,9 pontos percentuais face a igual período do ano passado.

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Um outro indicador que permite analisar a evolução do mercado de trabalho é a taxa de subutilização do trabalho, que foi estimada pelo INE em 13,9%, um acréscimo de uma décima em relação ao mês anterior. Para essa evolução contribuíram os aumentos de trabalhadores a tempo parcial, dos inativos à procura de emprego mas não disponíveis para trabalhar e dos inativos disponíveis mas que não procuram emprego (a população desempregada, como recuou, contribuiu negativamente). Já face a período homólogo, o aumento da taxa de subutilização do trabalho foi de 1,2 pontos percentuais. Em fevereiro de 2021, estava incluídas neste indicador 733,5 mil pessoas.

A população empregada aumentou 0,2% (mais 9,2 mil pessoas), para um total de 4.677,5 mil pessoas com emprego. Porém, face ao período homólogo, diminuiu 1,7% (menos 78,8 mil).