Artigo atualizado

Morreu o príncipe Filipe, duque de Edimburgo e marido da rainha Isabel II. Tinha 99 anos e foi o consorte no ativo com mais longevidade da monarquia britânica.

A informação chega via comunicado, publicado no site oficial do Palácio de Buckingham. Por baixo de uma fotografia de Filipe e da referência ao seu ano de nascimento (1921) e de morte (2021) — faria 100 anos no próximo dia 10 de junho —, lê-se a seguinte mensagem: “É com grande pesar que Sua Majestade, a Rainha, anuncia a morte do seu amado marido, sua Alteza Real o Príncipe Filipe, Duque de Edimburgo.

Sua Alteza Real faleceu pacificamente esta manhã no Castelo de Windsor. Anúncios futuros serão feitos no tempo devido. A Família Real une-se às pessoas em todo o mundo que estão em luto pela sua perda”.

No mesmo comunicado, o palácio esclarece ainda que o duque morreu “pacificamente”, na manhã desta sexta-feira, no Castelo de Windsor, onde se encontrava isolado com a rainha, desde o início da pandemia de Covid-19.

A debilidade da saúde de Filipe já se tinha manifestado este ano. Em meados de fevereiro, o duque tinha sido internado num hospital londrino. Na altura, Buckingham indicou que se tratava de uma medida de “precaução”, mas o membro mais velho da família real britânica acabaria por ser alvo de um procedimento a um problema cardíaco pré-existente. Filipe tinha regressado a casa, depois de ter tido alto hospitalar, a 16 de março.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Já em dezembro de 2019, quando se encontrava em Sandringham, o marido de Isabel II daria entrada no hospital King Edward VII, também pelo seu próprio pé e como medida preventiva. Quatro noites depois, regressaria à residência privada da monarca britânica, em Norfolk, a tempo de passar o Natal com a família.

Uma vida ao serviço da monarquia britânica

Nasceu a 10 de junho de 1921, na ilha grega de Corfu, príncipe da Grécia e da Dinamarca, sobrinho de Constantino I e o sexto na linha de sucessão ao torno grego. Mas a guerra com a Turquia depressa o afastou da sua terra Natal. Longe dos pais, foi em Inglaterra, ao cuidado da família materna, que cresceu. Aos 18 anos, ingressou na Marinha Real Britânica onde fez carreira. Foi com essa mesma idade que conheceu Isabel, prima afastada e futura rainha, cinco anos mais nova.

Uma vida ao lado da rainha: a história de Filipe, o “amado marido” (e “melhor corta-fitas do mundo”)

Casaram em novembro de 1947 e tiveram quatro filhos — Carlos, Ana, André e Eduardo. No seio da família destacou-se como uma figura com alto sentido de disciplina e que colocou o dever acima de tudo, resultado de uma infância difícil e da consequente falta de afetos. No que toca à agenda pública, desempenhou, durante décadas, as mais diversas funções na representação da coroa britânica. Até 2017, Filipe participava em cerca de 300 eventos por ano, entre inaugurações, visitas, discursos ou refeições.

Em 2009, Filipe tornou-se o consorte britânico com mais tempo de serviço, um título que até então pertencera à rainha Carlota, consorte de Jorge III do Reino Unido. Era também o membro masculino mais velho da família real. Retirado dos compromissos oficiais desde 2017, Filipe tinha protagonizado uma rara aparição num evento no passado verão.