O Ministério da Educação do Brasil lançou quarta-feira manuais que integram o curso “Alfabetização Baseada na Ciência (ABC)”, resultado de uma cooperação internacional entre instituições de ensino brasileiras e portuguesas, como a Universidade do Porto.

O lançamento oficial, que decorreu em Brasília, contou com a presença do Embaixador de Portugal em Brasília, Luís Faro Ramos, do Secretário Executivo do Ministério da Educação do Brasil, Victor Godoy, do Secretário de Alfabetização, Carlos Nadalim, entre outras figuras do executivo brasileiro.

O diplomata português salientou o facto de o lançamento dos manuais de alfabetização ocorrer no Dia Mundial da Educação e agradeceu a confiança manifestada pelo Brasil, ao escolher “prestigiados institutos e centros de conhecimento” de Portugal para serem “parceiros neste importante projeto.

“A confiança não é um dado adquirido, conquista-se e, neste caso, foi certamente a qualidade e a evolução do sistema de ensino em Portugal, nos últimos anos, que levaram as autoridades brasileiras a olhar para nós com essa confiança”, afirmou o embaixador, estendendo o agradecimento à Universidade do Porto, Instituto Politécnico do Porto, Universidade de Évora e Universidade Aberta, que colaboraram neste projeto.

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É na educação, na literacia, no combate ao alfabetismo que está a chave do sucesso de um país. Portugal e o Brasil sabem-no bem. Pelo nosso lado, manifesto toda a disponibilidade para continuarmos juntos no âmbito deste projeto e noutros projetos de cooperação que certamente viremos a ter”, concluiu Faro Ramos.

O material é dividido em duas partes: “Alfabetização Baseada na Ciência (ABC): Manual do Curso ABC”, que contém a parte teórica da capacitação, e “ABC na Prática: Construindo Alicerces para a Leitura”, com programas de intervenção para a prática em sala de aula.

Lançado em dezembro do ano passado, o curso “on-line” “Alfabetização Baseada na Ciência (ABC)” prevê aprimorar a qualificação dos professores de alfabetização com base na aliança entre a teoria e a prática.

Na ocasião, o Governo brasileiro abriu 40 mil vagas para profissionais que atuam na área de alfabetização.

“Levando em consideração as experiências de Portugal, os materiais conciliam teoria e prática, e são importantes instrumentos para os professores utilizarem em sala de aula, ou também, no período de isolamento social, em ensino remoto”, explicou o Ministério da Saúde brasileiro, num documento sobre o projeto.