O romance “A Senhora e a Ilha”, de Alberto João Jardim, vai chegar às livrarias na terça-feira, editado pela Casa das Letras, anunciou a editora.

Este livro propõe-se a refletir sobre algumas questões essenciais, decisivas para o nosso futuro. É um romance, torna a leitura mais atrativa e mais leve. Dedico este trabalho a todos os que me ajudaram na vida política e utilizo algumas palavras do falar madeirense”, escreve Alberto João Jardim, na introdução da obra.

Trata-se de “um romance sobre o futuro da Madeira”, como se lê na página de apresentação da obra, “uma metáfora” em que a ilha fala a Maria Inês, a protagonista, sobre o que o futuro reserva para si e para os madeirenses.

“Maria Inês, eu sou a Ilha que te fala, em ti escolhi desaba­far o que penso para o futuro, visto seres uma alma só. Como a minha. Alma para um pensar sério. Até porque somos ambas marcadas por ansiedades mescladas com vontade e convicções firmes, tendo marcas deixadas pelo tempo”, lê-se numa das primeiras páginas do livro.

“A Senhora e a Ilha” é o segundo romance de Alberto João Jardim, depois de “Diz Não!”, história de “um grupo de jovens madeirenses com as suas origens, percursos e destinos variados”, publicado em 2018, estabelecendo “um retrato da sociedade madeirense e, por arrasto da portuguesa, na década de 1970 durante a transição [da ditadura] do Estado Novo para a democracia, e nas décadas seguintes”, como se lê na apresentação da obra. “Diz Não!” apareceu um ano depois de “Relatório de Combate”, a autobiografia, publicada em 2017.

Alberto João Jardim nasceu no Funchal, em 1943. Licenciou-se em Direito, na Universidade de Coimbra, e é doutor Honoris Causa em Ciências Políticas pela Universidade de S. Cirilio, em Malta.

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Em 1976, Alberto João Jardim ingressou na Função Pública enquanto diretor do Centro de Formação Profissional da Madeira. Foi jornalista, diretor do Jornal da Madeira e permanece como colaborador de vários meios de comunicação social.

Cofundou, na Madeira, o Partido Social-Democrata. Desempenhou vários cargos políticos, no arquipélago, a nível nacional e internacional.

Foi presidente do governo Regional da Madeira entre 1978 e 2015, e, por inerência, membro do Conselho de Estado. É o político em Portugal com maior longevidade no poder, ultrapassado o próprio presidente do governo da ditadura, Oliveira Salazar, em permanência no cargo, como destaca a sua biografia, e por essa permanência decorrer de eleições. Foi vice-presidente do Partido Popular Europeu, entre 2003 e 2007.

Pertence aos corpos sociais de várias instituições de solidariedade social, e é presidente não executivo do Instituto Social Democrata da Madeira.

“Tribuna Livre”, “Pela Autonomia e o Desenvolvimento Integral”, “A Experiência da Autonomia Regional da Madeira” e “Regionalização, Europa, Estado e Poder Local” são outros títulos que assinou.