O Governo liderado por Donald Trump terá usado o Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América — o equivalente a um mix do Ministério da Justiça com a Procuradoria-Geral da República em Portugal para aceder de forma secreta a dados pessoais de uma correspondente da CNN no Pentágono. A jornalista chama-se Barbara Star.
Este é o terceiro caso de acesso ilegítimo a informações pessoais de jornalistas durante o mandato da Administração Trump.
Segundo a própria CNN, estão em causa estão registos de telefonemas, e-mails pessoais e de trabalho do período entre 1 de junho e 21 de julho de 2017. A morada de Barbara Star também foi transmitida a responsáveis da Administração Trump.
A própria jornalista recebeu a confirmação de que tal informação pessoa foi acedida através de uma carta enviada pelo Departamento de Justiça, segundo a CNN.
“A CNN condena veementemente a recolha secreta de qualquer aspeto de correspondência de um jornalista, que é claramente protegida pela Primeira Emenda”, disse o presidente da CNN, Jeff Zucker, que acrescenta que o canal está a pedir uma “reunião imediata” com o Departamento de Justiça para “obter uma explicação”.
Durante o aquele intervalo de tempo, Barbara Star cobriu informações sobre o Exército norte-americano e situações relacionadas com Síria, Afeganistão e Coreia do Norte.
Ainda não é claro o objetivo que levou a Administração Trump a aceder aos registos da repórter da CNN.