“Temos informação que demonstra que a vacina também é segura nas idades entre os 12 e os 15 anos.” Foi assim, com esta frase, que a Agência Europeia do Medicamento (EMA) justificou a decisão tomada nesta sexta-feira. A partir de agora, a vacina da Pfizer, que podia ser inoculada a partir dos 16 anos, pode ser administrada também em adolescentes a partir dos 12 anos.

No entanto, devido ao número limitado de crianças no estudo, 2.260 no total, a Agência Europeia do Medicamento assume, desde logo, que o ensaio não terá detetado efeitos colaterais raros. Dor no local da injeção, cansaço, dor de cabeça, dores musculares e articulares, calafrios e febre são os efeitos secundários mais comuns, leves ou moderados, e desaparecem alguns dias após a toma do medicamento — tal como acontece nos maiores de 16 anos.

“O estudo mostrou que a resposta imunitária à Comirnaty neste grupo foi comparável à resposta no grupo dos 16 aos 25 anos”, lê-se no site da EMA. Entre os 1.005 jovens que participaram no estudo, sem sinais de infeção anterior e que receberam a vacina, nenhum desenvolveu Covid-19 em comparação com 16 crianças das 978 que receberam o placebo. “Isso significa que, neste estudo, a vacina foi 100% eficaz na prevenção da Covid-19 (embora a taxa real pudesse estar entre 75% e 100%).” Assim, a EMA concluiu que os benefícios do Comirnaty neste grupo etário superam os riscos.

A vacina Comirnaty, da BioNTech/Pfizer, será administrada em duas injeções nos músculos da parte superior do braço, com um intervalo mínimo de três semanas.

A decisão foi anunciada em conferência de imprensa por Marco Cavaleri, responsável pela Estratégia de Vacinas da EMA, que explicou que a recomendação será transmitida à Comissão Europeia que irá emitir “a aprovação final”. No entanto, cada um dos 27 Estados-membros da União Europeia tomará a sua decisão sobre se vai, ou não, usar a vacina entre os mais jovens.

Nos Estados Unidos, desde 10 de maio que esta vacina tem luz verde para ser usada em maiores de 12 anos.

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