As críticas foram tantas que em poucas horas Boris Johnson e Rishi Sunak passaram da decisão de não cumprir isolamento, depois de terem estado na sexta-feira em Downing Street com Sajid Javid, o ministro da Saúde que testou positivo à Covid-19, para a decisão de cumprir o isolamento.

Rishi Sunak anunciou no Twitter que não irá “participar no teste piloto” uma vez que reconhece “que a sensação de que as regras não são iguais para todos é errada”. Boris Johnson irá cumprir o isolamento na residência de férias, em Chequers.

As primeiras informações oficiais dadas pelo primeiro-ministro britânico davam conta que ambos iam continuar a trabalhar “em assuntos essenciais de governação” ao abrigo de um teste piloto. Recorde-se que Boris Johnson já esteve infetado com a Covid-19, em abril de 2020, quando foi até internado numa unidade de cuidados intensivos devido ao agravamento da doença.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Depois de todo o problema levantado pelo “privilégio” que ambos os responsáveis políticos iriam ter,  Boris Johnson publicou um vídeo a pedir a todos para “seguirem as diretrizes e o que é pedido” pelas autoridades de saúde, confirmando através de vídeo que considerou “brevemente” aderir ao teste piloto que lhe permitia não cumprir o período de isolamento. Estará agora até dia 26 de julho em isolamento.

Depois de ter sido público que Boris e Rishi iriam integrar o teste piloto, a oposição veio a público criticar esta decisão e alertar para o perigo de haver “regras diferentes para pessoas diferentes”.

“530.126 pessoas foram avisadas pelo NHS [SNS inglês], na última semana, que tinham de cumprir isolamento. Boris Johson e Rishi Sunak não porque acreditam que as regras que todos seguimos não se devem aplicar a eles. Este governo é uma piada vulgar”, escreveu no Twitter o deputado do Partido Trabalhista, David Lammy.

Já o líder dos democratas liberais, Ed Davey, questionava o que fazer aos “professores, trabalhadores da área dos transportes e da saúde” e qual a hipótese que têm “de fazer parte do teste piloto só para privilegiados”.

Notícia corrigida às 15h45 com ligação correta para o Twitter oficial do primeiro-ministro