A campanha de André Ventura recebeu a maior subvenção entre as candidaturas às últimas eleições presidenciais, que foram as mais baratas de sempre para o erário público. O candidato ligado ao partido Chega, que ficou em terceiro lugar na votação, recebeu uma subvenção de 146.072 euros – o que compara com os 132.434 euros que foram entregues à campanha da segunda campanha mais votada, a de Ana Gomes. Marcelo Rebelo de Sousa, o vencedor por larga margem, recebeu menos de 24 mil euros.

As contas são da secretaria-geral da Assembleia da República, que é o organismo responsável pelo pagamento das subvenções, e são noticiadas esta quinta-feira pelo Diário de Notícias. Existe um limite (total) de 3,5 milhões de euros para campanhas presidenciais mas o valor pago às três candidaturas somou apenas 302.333 euros, a quantia mais baixa de sempre – algo a que não é alheio o facto de estas eleições presidenciais terem sido realizadas num pico pandémico e as campanhas, por isso, terem tido fortes constrangimentos.

Apesar de ter vencido, logo à primeira volta, Marcelo Rebelo de Sousa foi o candidato que recebeu menos subvenções por uma razão simples: não entregou despesas que justificassem uma compensação maior. A lei define que “a subvenção não pode, em qualquer caso, ultrapassar o valor das despesas efetivamente realizadas”, pelo que a campanha de Marcelo – que não fez publicidade nem sequer teve um site na Internet – acabou por sair muito mais barata. Ficou, até, abaixo dos 25 mil euros originalmente orçamentados.

Quanto aos restantes candidatos, além dos três referidos, não receberam qualquer subvenção porque ficaram aquém dos 5%.

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