O Fundo Monetário Internacional (FMI) mantém a estimativa de crescimento da economia mundial para 2021 nos 6%, mas alerta que o faz porque a desigualdade no acesso à vacinação está a acentuar a divergência de recuperação entre os países mais ricos e os mais pobres. Para 2022, melhora as perspetivas de crescimento global: a instituição liderada por Kristalina Georgieva vê a economia avançar mais 0,5 pontos percentuais do que estimava em abril, ou seja, 4,9%. Ainda assim, avisa: a recuperação “não está garantida, mesmo nos países onde as infeções estão aparentemente sob controlo”.
Em relação a 2021, o FMI refere que as perspetivas económicas “divergiram ainda mais entre os países” desde o último World Economic Outlook, divulgado em abril. Embora a estimativa de crescimento se mantenha no relatório divulgado esta terça-feira, houve um acentuar de divergências, fruto de diferentes ritmos de vacinação e das políticas de apoio, nomeadamente fiscal: se, por um lado, as perspetiva em relação a mercados emergentes e economias em desenvolvimento foram revistas em baixa, por outro lado, as projeções para as economias mais avançadas estão mais otimistas.
É que, enquanto cerca de 40% da população nas economias avançadas já tem a vacinação completa, este valor cai para menos de metade nas emergentes e para uma “pequena fração” nos países de baixo rendimento. O acesso à vacinação é, diz o FMI, o “principal” fator a acentuar a divergência entre os vários países: de um lado estão os que podem esperar uma “normalização da atividade no final deste ano (quase todas as economias avançadas)” e, de outro, os que ainda vão enfrentar um aumento das infeções e mortes por Covid-19, como a África subsaariana, alguns países da América Latina e outros do sul e sudeste africano.
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