Apesar de todos os protestos a que se tem assistido um pouco por toda a Europa, o certificado digital vai sendo cada vez mais uma realidade em todos os países.

Já foram emitidos mais de 300 milhões de certificados Covid-19 na União Europeia, sendo que em 21 países é requisito para o acesso a restaurantes, bares, cinemas e demais estabelecimentos que, de dia para dia — à medida que o ritmo da vacinação vai avançando na Europa – se vai impondo como uma obrigatoriedade.

Bruxelas pretende vir a consagrar-se como um exemplo mundial a seguir quanto às medidas de controlo da pandemia, com o objetivo de ser um espaço de livre circulação de pessoas em segurança. Por isso deixa para trás certos parâmetros, como o da uniformização nos modelos de certificado Covid-19, de forma a agilizar o processo de reconhecimento. São já poucos os Estados que não exigem esta certificação, como por exemplo, o caso de Espanha, Alemanha e Bulgária.

Fotogaleria. Protestos contra o certificado de saúde em várias cidades europeias

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O país que tem sido a face mais visível contra as medidas que vão impondo o certificado Covid-19 é a França, cuja obrigatoriedade do certificado Covid-19 tem gerado bastante discórdia. Milhares de pessoas têm protestado por todo o país todos os últimos sábados, contra as medidas adotadas.

Na Alemanha e na Itália também se têm vindo a avolumar as vozes de protesto, com cidadãos a manifestarem-se contra as medidas que consideram cada vez mais restritivas e discriminatórias. Cresce o receio de que a exigência do passe sanitário se possa estender a outras atividades, como por exemplo a todos os setores de emprego, como recorda uma eurodeputada liberal holandesa ao El País.

Ao jornal, Sophie In´t Veld disse que se constitui como um risco a imposição de regras próprias e a restrição de direitos fundamentais por parte do setor privado, sem o devido controlo político e judicial. Segundo Veld, “muitas empresas já estão a adotar as suas próprias restrições, desde a não admissão de clientes sem a vacinação, até à obrigação dos seus trabalhadores”.